terça-feira, 11 de novembro de 2008

No neighbor

Eu sei que podem me achar uma chata, ranzinza e tudo o mais, mas odeio vizinhos. Pelo menos depois que 'cresci'. Quando era moleca, ter vizinhos era muito divertido, eu me ralacionava bem com a maioria, que também tinha crianças pra brincar comigo. Mas depois que passei a morar no bairro afastado em que moro (e não sei se isso influenciou) e fui crescendo, ter vizinhos passou a ser um inferno. Ter vizinho significa basicamente: não ter controle. Não sei se fui eu que não tive sorte, mas são quase sempre pessoas estranhas, com habitos completamente diferentes do seu, morando colados ao seu lado, fazendo coisas (normalmente muito barulho) do qual você não pode fazer nada, pois, por direito, estão num espaço que lhes pertence, mesmo que o espaço sonoro ultrapasse os muros que dividem as propriedades. Tenho ideias loucas as vezes de, se tivesse dinheiro, compraria dois ou mais terrenos por todos os lados da minha casa (não essa, mas se pudesse ter outra casa, em outro lugar mais habitavel), só pra não ter o incomodo de gente morando ao meu lado, como seus trocentos cachorros latindo à noite e fazendo escandalo de dia. Com seus filhos pequenos, birrentos, insuportavelmente barulhentos (não tenho experiencia com criança, por isso não posso dizer com 100% de certeza se gosto ou não delas, mas se fosse me basear pelas do vizinho, com certeza seria 100% de "não"), que ficam acordados até altas horas da noite (será os tempos modernos? Porque lembro que no meu tinha que estar na cama no máximo antes das 23hs), gritando, correndo, brincando (lindo, lindo, coisa de criança, deixa elas, aham, deixa ser no seu ouvido depois de uma noite mala de aula na faculdade, cansado e querendo dormir...), nos ultimos tempos deram pra...jogar bilhar até de madrugada, meu Deus, dai me forças! O que esses pais de hoje em dia tem na cabeça?? Titica de galinha? Funk do créu? (que, alias, esta na boca de todos os pequenos, que decadência). Longe das musica bizarras de tão ruins, repetidas dezenas de vezes num som absurdo, longe das conversas 'gritadas', coisas pessoais que dá pra saber até nos minimos detalhes de tão altas que são contadas, enfim, longe dessa gente tão diferente e tão insuportavel, que só sabe perturbar e não tem o minino de sensibilidade em perceber que há mais gente morando na rua além deles.

sábado, 8 de novembro de 2008

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Eu e as lendas



Quem não se lembra daquelas típicas lendas urbanas que rondavam nossa infância? Olhando algumas esses dias, me lembrei de várias que fizeram parte dessa época da minha vida. Algumas que só depois que a gente cresce vê que não tinha nada a ver. Ou será que não?.........

O JACARÉ DO RIBEIRÃO

Quando tinha uns 6 anos, e morava em outra cidade, numa casa que gostava muito, tarde da madrugada (umas 2 ou 3 horas da manhã), meu irmão e meu primo me chamaram na janela do quarto dos meus pais, que ficava voltada para o jardim, onde dormia na época, e eu meio sonolenta, não acostumada a ser acordada aquela hora (até achei que estava sonhando, se não fosse eles repetirem essa história no dia seguinte e até hoje), fui até a janela. Os dois estavam com caras sorridentes e alegres, de quem acabou de fazer uma arte. O que eles me contaram não tinha (e até hoje não tem) nenhum cabimento:


“— A gente acabou de matar um jacaré lá no riberão”

(havia um trecho do Rio Paraíba bem no final da rua, relativamente longe da nossa casa, que as pessoas chamava de “Riberão” e costumavam pescar), segundo eles, havia um pequeno jacaré no ribeirão, do qual eles armaram uma armadilha para mata-lo, colocando um explosivo em sua boca. Até eu que era pequena e podia ficar impressionada achei aquela história uma lorota, sair no mato aquela hora? Por mais que os dois fossem levados.......mas eles insistiam tanto (e por muitos dias depois) que acabei por achar que era mesmo verdade e fiquei com medo do ‘jacaré do ribeirão’ (e pior que até hoje eles ainda sustentam essa história, com um leve sorriso maroto no canto dos lábios.............). Na década de 20 surgiu esse boato dos ‘jacarés do esgoto’ nos EUA, que acabou se disseminando e vindo parar aqui no Brasil. Dizem que se você olhar para um bueiro com uma lanterna pode ver os seus olhos refletindo a luz lá dentro. Aham.

A BONECA AMALDIÇOADA


A segunda a me assustar na infância foi entre 6 e 7 anos. Nessa época estava sendo lançada a fatídica “Boneca da Xuxa”, e os boatos que elas matavam criancinhas de noite aterrorizou muitas meninas como eu. Pior era quando suas amiguinhas ficavam contando essa história com ares de “Toma cuidado viu, a próxima pode ser você”, como se elas também não estivessem morrendo medo. Xéé, por muitas noites tive que dormir com minha mãe temendo os meus brinquedos, achando que poderiam estar amaldiçoados, mesmo ela tentando me acalmar e dizendo que jamais compraria uma boneca dessas pra mim. Rsrs....
Esse boato saiu na mídia em meados de 1993, dizendo que uma menina tinha sido encontrada morta a facadas e que a faca tinha sido encontrada em cima da boneca da Xuxa, em seu colo, toda suja de sangue. Ai começaram a dizer que essas bonecas vinham recheadas com facas e outras armas, além de outros objetos vudus, para poderem despertar de noite e matar suas donas. A história também puxou a possível suspeita de que a Xuxa tivesse vendido sua alma ao Diabo para conseguir fama e sucesso. Suspeito, não duvido nada.......

PALHAÇO ASSASSINO BRASILEIRO

Em seguida, quando tinha lá os meus 7 a 8 anos (meados de 1994), veio a história dos ladrões de órgãos. Essa eu acredito não ser história, o mercado negro esta cheio desses ‘ladrões macabros’, que roubam crianças para matá-las e tirar seus órgãos para venda. Mas naquela época isso estava no auge e claro que se criou uma história por cima disso. Era a da Gangue do Palhaço. Nessa cidade que morei quando criança era comum ouvir (principalmente entre as crianças e adolescentes) algum comentário sobre uma nova criança que tinha sido encontrada ‘vazia’ (ou seja, com os órgãos roubados), e eu ficava imaginando a cena...bruuu, era de arrepiar, além disso a mídia ajudava muito essas histórias, falando sobre os casos que aconteciam no Brasil sobre as ‘carcaças’ de crianças encontradas vazias.......Só que ai eles começaram a divulgar possíveis ‘ladrões’ e criou-se um perfil em cima disso: o de um grupo que usava um carro preto e fantasias que atraiam as crianças, como as de circo, principalmente um palhaço e uma bailarina. Depois de conseguir fazer as crianças entrarem no carro elas nunca mais eram vistas, a não ser mortas. Nossa, ai foi aquela coisa. As mães dizendo pros filhos ficarem longe de qualquer presença suspeita, não se encantarem com pessoas fantasiadas, que lhes oferecessem doces ou parecessem simpáticas e nunca, jamais, aceitar entrar num carro estranho, principalmente se ele fosse preto. Comigo e meus amiguinhos não foi diferente. Até lembro o temor que era andar na rua (por um tempo nossos pais até proibiam a gente de brincar longe de casa e sempre deixavam alguém mais velho de olho) e de como era ver qualquer carro preto e achar que ele podia ser da Gangue do Palhaço. A gente fugia deles como o Diabo da cruz. Lembrando agora dá até vontade de rir, mas naquela época....eu não queria virar uma ‘criança vazia’ (era assim que chamavam) e quando estava só eu e mais alguém da minha idade a gente corria (fugia mesmo) de ‘presenças suspeitas’ e desses carros pretos estacionados em lugares ermos. Lembro até de uma vez, quando fui com minha mãe na casa de uma amiga minha num bairro afastado. Nós fomos brincar num campo ali perto e havia um carro preto parado numa rua deserta e como ela era mais velha que eu começou a botar medo, dizendo ser ‘o carro do Palhaço’ e que o tinha visto ali perto, e que estava acompanhado de uma bailarina. Dizia ainda que algumas crianças já tinham sumido naquele bairro, e que os dois deviam estar percorrendo a vizinhança, tentando atrair crianças pro seu carro fatídico. Comecei a ficar com tanto medo que corri de volta para a casa dela e não sai de lá até minha mãe decidir ir embora. Pior é que quando fomos embora, pegamos um atalho por um terreno vazio e no meio do caminho minha mãe lembrou-se que tinha esquecido alguma coisa na casa da menina e pediu que eu corresse de volta para buscar. Nem adiantou protestar, o jeito foi ir correndo, com medo, sempre olhando na direção do carro. Na volta então, foi um pinote só, morrendo de medo que o palhaço achasse aquela menina ali, sozinha e de bandeja pra ele. Rsrs.........Não duvido que acontecia alguma coisa parecida, sobre os ladrões atraírem crianças com esses pretextos (tipo doces e fantasias alegóricas) e depois elas nunca mais serem vistas, isso acontece há séculos, mas os elementos que envolveram a história final da Gangue do Palhaço com certeza surgiu da crendice popular que acrescentou detalhes assustadores como o carro preto e uma bailarina como ajudante.

SUGADOR DE CABRAS

Quando me mudei para a minha atual cidade, por volta de 1996, veio outro boato e esse muito mais mítico e divulgado: o do Chupacabra. Todos tinham medo pelos seus bichinhos, gato, cachorro, papagaio, pois ele podia amanhecer ‘sugados’ pelo Chupacabra. E claro que as histórias não paravam, de pessoas que tinham seus animais mortos misteriosamente (e muito próximo de nós), fazendeiros que não sabiam o que fazer com o chupador das suas cabras e vacas, rsrs. Na escola não se falava de outra coisa, minha professora da 3º série até chegou a mostrar um programa (muito mentiroso, por sinal) gravado do SBT que mostrava o possível cadáver de um Chupacabra (uma raia desidratada, nada mais, coisa bem ‘engana trouxa’ mesmo). Eu me sentia só um pouquinho aliviada por não morar mais na minha antiga cidade, que era muito mais rural e próxima do mato, onde devia habitar o alvejador de cabras. Na atual eu morava num sobradinho e a área era bem mais urbana, mas ainda assim eu sentia medo. De noite até fazia minha cachorra se esconder numa área apertadinha embaixo da caixa d’água, com medo que o Chupacabra a encontrasse (putz!). Isso durou por um bom tempo ainda...
A história do Chupacabra não é exclusividade do Brasil, na verdade ela começou na América Central, com galinhas sendo encontradas mortas, com o sangue sugado e mordidas de caninos grandes. Depois ela foi descendo para a América do Sul, com cabras e gado mortos e veio parar aqui, no berço do folclore sensacionalista. Ninguém nunca conseguiu encontrar um Chupacabra nem saber se era animal ou o que, alguns até o associaram com presenças alienígenas. Vai saber............
FANTASMA DO BANHEIRO

Por fim, quando entrei na adolescência e no território das historias em volta da fogueira (ta bom, no nosso caso era em volta de uma pilha de pacotes de salgadinhos e batata frita, mas.....), e mais assustadoras, veio a lenda da Loira do Banheiro. Estava na 5ª série, 1998 e foi a única vez na escola que estudei no período da tarde (depois só na faculdade). O final da tarde numa escola é algo realmente peculiar. Quando o céu vai ficando laranja e as sombras se alongam, nem todas as luzes são acessas e você se sente sozinho. Nessa época a gente vivia se reunindo em rodinhas para contar historias assustadoras, desafiando nosso próprio sono horas mais tarde, quando, sozinho no escuro você começava a relembrar aquelas histórias e ficava com medo, muito medo. Tinha a da velha casa assombrada do bairro, cuja própria moradora contava o que acontecia lá dentro (torneira abrindo sozinhas, portas rangendo, etc....talvez invencionices para assustar mais, mas era uma prova de coragem passar uma noite na casa dela, que já foi demolida há algum tempo), a da casa azul perto da escola, onde supostamente havia um fantasma raivoso, que não queria que ninguém alugasse a casa e estourava vidros quando alguma pessoa entrava lá com esse propósito (bom, na época eu vi os vidros quebrados, mas não sei se era por isso...hoje ela parece estar habitada (por muitos anos esteve vazia), mas eu sempre a olho como ‘a casa do fantasma’). O da procissão dos mortos, que saia de madrugada pelas ruas, em determinado dia de determinado mês e que se você olhasse poderia ser atraído para acompanhar o cortejo e assim morreria. O de que se você bebesse muita água antes de dormir podia sonhar que estava se afogando e acabar morrendo dormindo, o de que se comesse muita ou pouca comida, não conseguiria achar o caminho de volta no sonho e ficaria preso para sempre, coisas assim. Mas a que acontecia na própria escola era a da Loira do Banheiro (que deve rondar escolas de todo o Brasil). Você tinha que falar não sei quantas vezes um palavrão muito feio olhando para dentro da privada e ai começaria a aparecer cabelos loiros lá de dentro. Algumas se aventuravam, outras diziam que realmente tinham visto os cabelos, várias espalhavam a história e desafiavam as amigas só para zuarem, mas a verdade mesmo é que depois que passa o calor da situação e da brincadeira e você fica sozinha no final da tarde no banheiro escurecido (porque eles nunca acendiam a luz lá de dentro no final da tarde) batia um medo sim e tudo o que você queria era fazer o que tinha que fazer o mais rápido e cair fora logo dali. Às vezes eu ia pra casa apertada, pois não tinha coragem de entrar dentro do banheiro no final da aula quando praticamente todos já tinham ido embora...
A historia da Loira do Banheiro é imensamente divulgada e em varias versões, segundo a mais típica de todas, uma menina queria matar aula e um dia ficou escondida dentro do banheiro (como eu já fiz algumas vezes, ehehe), mas ai aconteceu um acidente lá (ela escorregou, ela caiu do lugar onde se escondia, dizem muitas coisas) e bateu com a cabeça, morrendo. Ai então seu fantasma ficou preso dentro do banheiro, assombrando quem aparecer por lá sozinho, ou invocar seu nome.

domingo, 19 de outubro de 2008

SILENT HILL




Assisti Silent Hill ontem, intitulado no Brasil como Terror em Silent Hill (desnecessário, já que Silent Hill já é o próprio terror). Fiquei quase emocionada com a fidelidade do filme aos jogos da série da qual sou fã. Acho que nunca vi uma adaptação tão boa. Música, cenários, acontecimentos, detalhes e personagens relembrando o game onde era possível e até impossível. Era quase como assistir ao jogo, e com isso reviver momentos nos quais passamos jogando essa ou aquela parte. E as músicas então, compostas pelo autor original da série, Akira Yamaoka, me deixaram até arrepiada. Além do jogo, sou uma grande fã da trilha sonora de Silent Hill e tenho todas, dos 4 games. Ouço muito, boa parte é instrumental e isso me inspira bastante na escrita. É um jogo diferente, e de longe tem umas das trilhas mais bem boladas que já vi, tudo a ver com o clima de drama e tensão da série. Todas as músicas tocadas no filme são do jogo (que barato!) e me lembro de cada uma delas pelas inúmeras vezes em que ouvi e dos momentos em que tocaram no jogo (como Letter – from the Lost Days (3º SH) que toca no carro de Rose quando está indo para Silent Hill com a filha Sharon, toca no carro em Silent Hill 3 quando Heather (a Sharon (ou Cheryl, no jogo) já adolescente, com outro nome e sem memória) esta indo para o mesmo lugar. Promise (2º SH) todas as vezes em que Rose reencontra Sharon (ou Dark Alessa) em algum lugar. A belíssima Dance with Night Wind (3º SH) quando Christabella leva Rose e Cybil para o lugar onde podem encontrar Sharon. Never forget me, Never forget me (3º SH) e Claw Finger (1º SH) na partida da cidade, Sadness (2º SH) na chegada em casa (e a certeza de que Rose nunca mais voltará ao mundo real, embora ela desconheça isso) e a brevíssima Lost Carol no final (com a certeza de Chris que ela sempre estará por perto, embora separados para sempre por uma tênue linha de realidade) além de muitas outras espalhadas durante a trama).
Os acontecimentos também nos levam ao 1º e 3º Silent Hills, dos quais acredito terem sido a base principal para a confecção do filme, embora tenha alguns elementos do 2º jogo (que se passa na cidade, mas não tem a ver diretamente com a história do primeiro, que só retorna no 3º game. O 4º jogo não é mencionado por ter uma trama a parte da série), como o temido inimigo Piramide Head aquele com uma espada enorme que apavora a todos tanto no jogo quanto no filme. James, o protagonista do primeiro Silent Hill é substituído por Rose no filme sem alterar a força da participação (acho que até ficou melhor como uma mulher), e o inicio do longa é idêntico ao do jogo, a policial Cybil que os persegue também é igualzinha (caramba!). A cidade é quase como tirada do pesadelo da Konami, como se de repente o game tivesse ganhado formas humanas e reais. O modo como a névoa cobre tudo, sem que se possa ver um palmo na frente do nariz, as cinzas, a interferência que os monstros transmitem a aparelhos eletrônicos (que no jogo era um radinho que o personagem carregava e que ajudava a saber quando um inimigo se aproximava, já que não se via nada a longa distancia, no movie sabiamente transformado num celular que a personagem carrega o tempo todo pendurado no pescoço), e aqui um parênteses, os monstros também i-dên-ti-cos (usando poucos efeitos especiais, muito bom!), a transformação de ‘realidades’, quando tudo escurece e a cidade parece cair numa outra dimensão, sombria, onde tudo esta enferrujado, destruído ou sujo, e que medo dessa dimensão infernal! Assim como no game, o efeito ‘escuro’ foi preservado, não se podendo ver quase nada sem a ajuda de uma lanterna (tornando o clima ainda mais assustador, já que uma coisa é estar na névoa de dia, outra é no escuro). “Somente o demônio abre e fecha o portal de Silent Hill”. As saídas de Silent Hill são bloqueadas por enormes rombos no asfalto (como se uma mão imensa tivesse partido as estradas que ligam a cidade ao mundo) recriados perfeitamente.
Outra coisa que achei mais do que incrível foram aspectos que talvez se me dissessem que pudessem ir parar no filme eu teria rido, mas depois de ver o resultado...Jogos no estilo de Silent Hill (normalmente classificado como survival horror) são cheios de mistérios e quebra-cabeças, do tipo que você tem que pensar para resolver e avançar no game. E não é que colocaram isso no filmes também! Em muitas situações a personagem tem que resolver alguns enigmas para tentar encontrar a filha e nem de longe isso parece forçado para que se pareça com o jogo. Pistas deixadas por Dark Alessa (que Rose acredita ser Sharon) fazem a mulher ir daqui para lá numa busca desesperada, assim como acontecia com James no 1º SH, passando por lugares como a Midwich Elementary School e o Grand Hotel (onde há elementos do 1º e do 3º game, como a pista na boca do estuprador de Alessa que é encontrado no mesmo sanitário que a menina se escondeu depois de ser violada, numa posição bem SH mesmo (que deixa corpos espalhados pelas grades das maneiras mais estranhas, do jeitinho do jogo), que indica o hotel, o quadro encontrado lá que escondia uma porta (no 3º jogo esconde uma entrada também). Depois Rose tem de atravessar um poço pulando por ferros estreitos e perigosos (tem coisa mais vídeo game do que a prova do ‘atravessar um abismo pulando pelas coisas mais finas possíveis sem cair la embaixo’, não há quem não fique p...., é um teste de paciência e habilidade, rsrsrs, perfeito!) e o melhor de tudo, esse me agradou particularmente, pode não ter nada de mais pra qualquer outro jogador, mas cada um tem sua particularidade e a minha é não viver sem um mapa enquanto estou jogando um game desta estirpe. E o que Rose faz para se localizar numa cidade como Silent Hill? Mapas. A única forma de encontrar a filha é saber para onde ir e onde ficam os lugares que são indicados nas pistas que encontra, e pela cidade ela corre ao som de Wounded Warsong (musica do 4º jogo que me surpreendeu por estar ai) se localizando pelos mapas espalhados pelas ruas (quase como eu vendo onde estava no 1º game, era a mesma coisa! Até o nome das ruas são iguais). Ou perto do final, quando ela tem que ir “Nas trevas onde o Demônio habita” encontrar a filha (na verdade o pavoroso Brookhaven Hospital , que é o cenário mais terrível principalmente no 3º SH, “o demônio esta nas entranhas deste prédio", disso eu não tinha dúvida) e precisa memorizar um quadro com todos os mapas “sua memória pode salvar sua vida”, são simplesmente os mesmos mapas que usava pra não me perder dentro daqueles corredores assustadores, e até o quarto final onde ‘habitam as trevas’ é o mesmo do game, um quarto no final de um corredor que não existia até determinado momento e depois de entrar por ele SH vira para a sua versão ‘infernal’ onde tudo fica escuro e enferrujado, genial!
O elevador despenca levando Rose até o subsolo do hospital ao encontro das trevas é semelhante a cena de Heather no 3º SH, quando o elevador desce rapidamente fazendo-a entrar pela primeira vez na dimensão infernal (alias, a Rose me lembra muito a protagonista do terceiro jogo, será coincidência?). As enfermeiras malignas que ela encontra lá embaixo me lembram o horror que era encontrar uma dessas nos corredores do game, como elas não puderam estar no filme, as reuniram numa única e assustadora ocasião.
Como não cheguei a terminar o primeiro jogo (ave, que difícil era!) não sei se a história de Silent Hill é contada no final, mas não entendia bem como o jogo tinha começado, qual era o motivo da cidade ser o que era e no filme tive uma boa visão disso, e pude compreender muita coisa que ficou meio nebulosa no tempo em que joguei a série até o 3º jogo, quando o demônio(com a forma de Dark Alessa) conta a história de Alessa para Rose e combinam uma forma de cada um ter o que quer (Rose a filha e o demônio o poder de entrar no único lugar bloqueado para ele em Silent Hill e assim acabar com todos os que sobraram na cidade, vingando Alessa, o que deixa bem evidente o fato dela trazer as ‘trevas’ consigo quando volta do subsolo de SH, “Tudo o que queremos é satisfação e vingança”), com uma pequena participação da Enfermeira Lisa, do primeiro game (também idêntica a original, talvez até melhor). A história contada pelo demônio (Fermata In Mistic Air do 3º SH ao fundo) pela boca de uma criança é mais uma característica de SH, que tem pelas crianças um...afeto especial (na verdade isso veio do próprio criador do jogo), pois o mal vindo de algo tão puro e inocente quanto uma criança é o que deixa a narrativa mais arrepiante. Além do fanatismo religioso, a busca por um paraíso perfeito, um lugar puro, livre das imundices presentes principalmente na personagem Claudia que acredito ter virado Christabella no filme, numa atuação marcante, bem estilo loucura religiosa extremista. “Cuidado como vai combater o Diabo. As armas podem se voltar contra você.” Diz o demônio ao explicar como essa loucura condenou Silent Hill e indiretamente deixando claro do porque tudo na cidade ficar enferrujado e com um aspecto queimado quando se transforma na ‘dimensão infernal’ (atuação tripla de Jodelle Ferland que aceitou interpretar três papeis diferentes (Sharon/ Dark alessa e o Diabo), e segundo a garotinha: “Sempre quis interpretar o Diabo”).

Silent Hill jogo e filme é uma trama que não tem dó de ninguém (que outro mostraria uma criança (Alessa) virar churrasco vivo e ainda sobreviver carbonizada juntando ódio e ressentimento de tudo e de todos até se transformar numa criatura maligna que amaldiçoa a cidade há passar seus dias confinada numa subdimensão infernal? Ou a morte de Cybil com requintes cruéis de tortura, carbonizada aos pouco, ou ‘purificada’, sem contar no assustador Piramide Head, bruuu, não, SH não se vale de cenas sangrentas e cruéis para ser bom, mas é uma características os momentos fortes e difíceis de digerir, que as vezes não derramam uma gota de sangue, mas mesmo assim são assustadoras e indigestas. O escuro predomina e os sons mexem com qualquer um).
Uma curiosidade: A roupa que Rose usa inicialmente é branca (ou uma cor muito clara), no decorrer do filme ela vai sujando esta roupa, sangue é respingado e tudo o mais, mas não os suficiente para mudar totalmente sua cor. Quando ela chega aonde o demônio esta todas suas roupas já estão vermelhas. Dizem que o vermelho é a cor do sobrenatural, a cor que mancha o mundo terreno, marcando uma presença do outro mundo. São muitos os filmes que posso citar em que essa cor aparece com este propósito, embora para muitos passe desapercebido (a porta da igreja e a maçaneta de vidro na casa do psicologo em Sexto Sentido, os moveis e as portas em O Iluminado, os detalhes marcantes do coreano Medo, entre outros, só para citar exemplos rápidos).

Silent Hill ao se transformar em filme se transformou também numa experiência diferenciada de produções de terror: são poucos os clichês, eles não são necessários numa historia tão original e por isso também são poucos os “sustos fáceis”. O seu horror se embasa numa trama que te pega pelo lado mais psicológico, mais difícil de controlar, com medos primitivos e constantes, como o medo do escuro e o receio do que se pode encontrar mais a frente, os sons perturbadores, a angustia por um ente querido....
É difícil não me alongar quando falo de Silent Hill, literalmente é meu jogo favorito e ter virado um filme tão fiel é com certeza uma satisfação para os fãs. Claro que, sendo assim, o final não podia ser outro. Os créditos finais de Silent Hill fica por conta da melhor e mais contagiante música da série na minha opinião, You’re not Here, que é a abertura do terceiro jogo (“Você não está aqui” tem a ver tanto para Rose quanto para Chris no final da história), junto a pequenos recortes recriados de cenas do jogo. A Konami protegeu sua criação por quase dez anos das produtoras que queriam levá-la para a telona, não cedendo o direito da adaptação. Talvez temendo que um jogo tão bom e tão único virasse uma porcaria cinematográfica e fosse manchado por isto. Ter liberado isso agora para um diretor competente que se interessou pela historia literalmente jogando o jogo foi a melhor coisa que fez. É difícil me impressionar com as produções atuais, principalmente de terror, mas pra essa eu tiro o chapéu. Trabalho perfeito!


Cabelos Vermelhos


Bom, um outro tópico que me interessa bastante são as lendas urbanas, aquelas histórias passadas de um pro outro e que ninguém sabe se realmente aconteceu ou se foi daquela forma, mas talvez seja isso mesmo o que me atrai, assim como o ditado quem conta um conto aumenta um ponto, cada pessoa que acrescenta algo de mais misterioso e assustador pra mim tá valendo, a imaginação das pessoas é o que há de mais rico nesses casos.
Uma delas me chamou a atenção, por ter uma pitada de sarcasmo misturado com as velhas histórias em volta da fogueira no final.




A TINTURA RUBI 666


Patrícia era uma garota de 15 anos muito infeliz. Ela era obesa e por isto tinha que agüentar os deboches dos seus colegas preconceituosos na escola.Seu sonho era ser tratada sem preconceito e arranjar um namorado. Mas, suas amigas esbeltas sempre falavam isto para ela:


— Nunca ninguém irá se interessar por você !


Patrícia raramente era chamada pelo nome por suas colegas, pois elas sempre a tratavam por: baleia , balão , bujão de gás , etc. A pessoa que mais humilhava esta menina era Nádia, a ex-miss do colégio, que sempre fazia brincadeiras desagradáveis com Patrícia. Nádia namorava Rodrigo, o menino mais cobiçado da escola e o amor platônico de Patrícia.Sempre, antes de dormir, Patrícia chorava trancada em seu quarto e para aliviar a dor ela escrevia um monte de poesias inspiradas em Rodrigo.


Mas, esta adolescente sempre foi fã da modelo Fernanda Lima. Ela tinha várias fotos desta artista espalhada pelo seu quarto. Assim, esta garota sempre pensava:

Como eu gostaria de ser igual à Fernanda Lima! Se eu fosse igual a esta modelo todos iriam me respeitar e eu conseguiria arrumar um namorado!

Um certo dia, Patrícia estava assistindo TV, quando de repente apareceu a modelo Fernanda Lima num comercial de tinta de cabelo. Quando a adolescente viu a sua artista predileta na TV, ela parou o que fazia e prestou atenção nas palavras da sua musa, que dizia com os seus cabelos tingidos de vermelho:




" – As tinturas Garnier têm várias cores novas . A minha é a Rubi 666. "

Ao ver este comercial , Patrícia ficou encantada com a cor dos cabelos da modelo e pensou:

Nossa, já pensou se eu pintasse o meu cabelo com esta cor? Talvez eu ficasse linda igual a Fernanda Lima!

Então, a adolescente foi ao mercado, comprou a tintura Rubi 666 da Garnier e passou no salão de cabeleireiro. E assim, ela mudou a cor dos cabelos. Porém, ao colocar os pés para fora do salão de beleza, ela sentiu que o seu jeito estava diferente, mas nem ligou, pois sentia-se contente.


Na manhã seguinte, Patrícia levantou mais leve, e quando as suas colegas a chamaram de gorda, ela nem se sentiu para baixo. Na aula de Educação Física, Patrícia fez algo que nunca tinha feito: jogou vôlei e não errou um saque. Ao passar das semanas, ela começou a emagrecer e a ficar com os traços mais femininos.


Até que um dia, Rodrigo começou a dar em cima dela, deste modo ela não resistiu e os dois acabaram virando namorados. Mas, quem não gostou foi Nádia, afinal Rodrigo a dispensou francamente para ficar com Patrícia. Nádia não se conformando com isto, planejou um plano diabólico.

Uma certa noite Patrícia estava caminhando num beco escuro a caminho de sua casa, quando, de repente, sentiu uma paulada em sua cabeça e desmaiou. Era Nádia que tinha cometido aquela agressão. Então, Nádia arrastou o corpo da sua rival até um terreno baldio e ateou fogo. No dia seguinte, uma mulher viu de longe, o corpo da garota queimado e chamou a polícia. Quando o delegado se aproximou da menina morta, viu que o seu corpo estava todo queimado, mas que seus cabelos estavam intactos: sem queimaduras, com a mesma cor rubi e com um brilho intenso. E no meio dos seus cabelos havia um bilhete grudado com fita adesiva, onde estava escrito:


“Cabelos tingidos com tinturas mágicas e enfeitiçadas são como espíritos: eternos.”


por: Luciana do Rocio Mallon
Fonte:
http://www.bocadoinferno.com/


sábado, 11 de outubro de 2008

Noite

Sempre gostei de fazer coisas a noite, não daqueles tipos que a maioria parece fazer, como 'sair pra balada', minhas noites eram mais modestas, em casa mesmo, mas eu me sentia mais inspirada no escuro, com as estrelas silenciosas e a lua solitária me fazendo companhia....
Quando estudei de noite no colegial foi um porre e sempre que me lembro daquele tempo é com uma certa melancolia, como se tivessem sido 3 anos absortos em escuridão e desânimo. Odiei a experiência e pretendia não repeti-la se tivesse escolha. Não tive. O ultimo ano da minha faculdade é obrigatoriamente noturno, então depois de 3 anos estudando em companhia do sol, eis que parece voltar a escuridão daqueles dia sem luz e sem calor. Só que é muito pior, eu não sei explicar direito porque, mas é, é como se junto com o sol eu pudesse sentir um pouco de vida, e como isso mais animação, mais esperanças, pareciam ter pessoas mais em comum, parecia o meu habitat, e não achei que a mudança de período fosse mexer tanto comigo. Estou me sentindo muito vazia no novo turno, como se a falta do sol tirasse minhas forças (é uma comparação meio teatral, mas é assim mesmo que me sinto). Me sinto tão deslocada e pouco a vontade, sem estimulo para continuar esses que parecem os 12 meses mais longos da minha vida. São todos tão adultos e profissionais, parecem tão bem sucedidos naquilo que é o objetivo final da faculdade, não formar novos profissionais com bagagem teórica, mas sim prática e me sinto tão pequena e infantil perto deles, pareço uma menina que sem querer caiu ali no meio deles e agora se sente perdida, se perguntando se era mesmo aquele caminho que devia ter pegado. Se eu pudesse desistir de tudo agora mesmo não pensaria duas vezes, se não tivesse nada que me amarasse aqui já estaria longe, mas os grilhões são muito pesados e fortes e minha consciência é uma coisa sensível, ela fica pesada por qualquer coisa, imagina por isso...

Katherine Anne disse uma vez: “Parece haver uma espécie de ordem no universo no movimento das estrelas e na volta da terra e na mudança das estações. Mas a vida das pessoas é quase um puro caos. Todo mundo toma a sua posição, afirma o seu próprio direito e sensações, confundindo os motivos de outros ao seu próprio!”

domingo, 21 de setembro de 2008

Amostra grátis televisiva


Eu não entendo. A Cultura tem um monte de programas bons, mas quase ninguém vê. Por quê? Bem, talvez porque a maioria passe em horários tardios demais (Observatório da Imprensa 00h10, Vitrine 01h00, Zoom 01h30, Alto Falante 03h00!!!), ou no mesmo horário da novela (Metropolis 21h40, Roda Viba 22h10....e quem é que quer trocar de canal essas horas?), de manhã e de tarde é só desenho. E que desenho, dá vontade de chorar...um dia estava cortando o cabelo e a cabelereira perguntou para um menino que esperava lá assistindo tv se ele queria que trocasse de canal e ele respondeu: “Pode ser, só não coloca nos desenhos da Cultura”, realmente já foram muuuito melhores (adorava assistir Pequeno Urso e Bosque dos Vinténs quando tinha meus 7 ou 9 anos), agora a faixa etária parecer ser de 4 anos pra baixo, tsc...isso acaba dando a idéia de que a Cultura só dá pra deseinhos idade bebê. Uma pena. Outro motivo pode ser pela constante troca de horário dos programas ou pelo simples sumiço do mesmo. Nunca dá pra confiar que um programa diário irá manter o mesmo horário por mais de duas semanas ou um semanal durante o mês todo. (Um Menino muito Maluquinho que passava no domingo em horário indeterminado, cada semana era um entre 11h a 13h00, eram tantas as mudanças que parei de assistir (e sim, parece coisa de criança, mas esse seriadinho é uma delicia de assistir)).
A cultura importa uma grande leva de seriados britânicos e australianos da BBC, muito interessantes, mas não dá continuidade, como se eles não tivessem importância para a programação, já perdi de vista a quantidade desses seriados (Manifesto de Wayne, Wishbone (ah, eu adorava este!), A Casa do Mago....), um dos únicos que passou com regularidade por quase 1 ano (mas não totalmente fiel ao horário, pra variar...) foi o sucesso americano Anos Incríveis, que já tinha sido exibido em meados de 1993 e voltou para a felicidade dos fãs (como eu), mas salvo essa exceção, a Cultura continua com suas ‘séries esporádicas’ que como são trazidas de canais muito específicos e de muito longe, não dá pra encontrar com facilidade se você gostar e quiser ver a continuidade (a não ser que tenha TV a cabo) . Parecem amostras grátis de uma coisa que você não vai poder comprar depois (ou seria justamente uma propaganda pra você assistir o resto num canal pago? Hmmm, não pensei nisso.......).
Uma dessas foi o recente Mudança de Vida (Out Here) trazido da BBC Austrália. Passava aos sábados , mais ou menos 17:30. Muito boa. Dois estudantes voluntários (um americano e uma britânica) vão pra Austrália quando um casal pede ajuda numa clinica veterinária. Um tipo de intecâmbio ou estágio. A situação dos jovens longe de casa e em contato com jovens australianos é bastante diversificada e realista (volta e meia aparecia um deles num tipo de cômodo fechado falando exclusivamente para câmera sobre algum problema que os afligia ou algo que os deixava feliz, era bem espontâneo e dava a sensação de que não estavam representando). Não entendo como puderam simplesmente cortar essa série no 5° ou 6° episódio. Rastreei a programação da Cultura todos os dias, por duas semana e não havia mais sinal dela...Droga.
Até mesmo pra se ter informações dela na Internet é difícl, aquele tipo de coisa que parece uma raridade, ou você mora num paíse onde é normal a exibição de séries de boa qualidade ou tem tv a cabo.
E por enquanto a gente vai se virando com a tv aberta brasileira....bléééé..........

sábado, 20 de setembro de 2008

Podemos Também Ser Estranhos


Até que ponto você pode dizer que conhece alguém?

Ou até que ponto você pode conhecer alguém chegando a desconhecer?

Uma amizade antiga e uma grande amizade são a mesma coisa? O tempo em que você conhece alguém pode fazer de vocês grandes amigos ou depois de todo aquele tempo você ainda consegue se surpreender com o tanto que desconhece a pessoa? Pense na sua vida, no tempo que passou, nas coisas que mudaram principalmente, nos amigos, nas pessoas próximas...você ainda consegue ser o mesmo com elas ou descobre que o que tinham em comum no passado já não tem mais nada a ver hoje? Se você conhecesse hoje as pessoas que estão na sua vida há tanto tempo, poderiam ainda ser amigos, rolaria a mesma quimica que acontecia quando tudo começou muito tempo atrás? Tenho sentido que não...As pessoas podem mudar tanto, e as coisas que tinham em comum no passado já não tem mais nada a ver hoje e então, o que fazer? É possível pedir divórcio de uma amizade? Ou é mais fácil trocar alfinetadas bem espetadas, reciprocas e inuteis, como dois velhos que já não sabem o que os faz ainda ficarem juntos e talvez por raiva ou cinismo, tem necessidade de trocarem ferroadas? Um laço de intimidade e antiguidade os une como algo que nunca se apagará, mesmo que tudo o que tenham vivido e que os uniu por tanto tempo agora pertença a uma outra vida que ficou no passado...um passado que não só não voltará como já não interessa a ninguém. Principalmente aos mais interessados...

Parece que as pessoas que você conhece a menos tempo te conhecem melhor, não parece? Talvez seja porque eles não te conheceram no passado, naquela sua vida que já não existe mais e que você prefere que fique só nas histórias, onde nem tudo precisa ser revelado . As que te conhecem a muito (muuuito) tempo parecem carregar um tipo de peso, que se mal fadado pode torná-los estranhos. Não que seja sempre assim, mas....

....eu queria que não precisasse ser assim, mas todos nós mudamos e por mais próximos que estejamos, ainda assim a vida pode nos separar.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Mais pesadelos


Nossa, mais um pesadelo na noite de hoje, e que não começou tão ruim...o problema nem é ter o pesadelo, mas a sensação que ele te deixa, principalmente no estágio de despertar, que normalmente é tão abrupto que te faz pensar que ainda estar sonhando com aquelas coisas horríveis...

Não me lembro direito dele, mas a idéia principal era a de que eu devia 'cometer suicídio' por uma boa causa (ave...será que virei fanática no sonho? rs), mas não era para machucar ninguém, a não ser a mim. Estava em um lugar muito bonito e agradável (hmmm, seria as arábias? ou as próprias portas do paraíso, rs), cheio de cortinas claras e esvoaçantes, de um tecido leve, talvez seda...eu precisava beber um veneno que no sonho chamava-se 'arsênico' (um elemento quimico que pode tanto ser tóxico ou não, depende, mas no sonho se eu bebesse ele puro iria morrer), a pessoa que dizia que eu devia fazer isso (era uma voz quem me ordenava aquilo, não sei se de homem ou mulher, mas era tão profunda e calma que eu a obedecia gentilmente) falava os efeitos passo a passo (macabro se contado posteriormente, mas na hora parecia mais uma receita de bolo de tão simples), que no início eu não sentiria nada, pois o veneno não tinha gosto, e depois começaria a sentir um leve sono, quase como se fosse uma anestesia.....em seguida viria o verdadeiro efeito do arsênico, que era uma queimação interna e sufocamento, mas ai novamente eu iria sentir sono, muito sono e não sentiria os efeitos brutais do veneno que enfim me mataria, aquele seria o meu último sono... A explicação passou por mim de maneira ligeira, quase como se não pudesse sentir o peso daquelas coisas, como se fossem distantes....Fui até uma cama enorme de casal, com uma colcha de um branco ofuscante, e tão fofa....meu jazido final (brrrr....), com aquela cara apalermada de quem esta reziginada a fazer algo sem perguntar o porque, quase dopada pela voz. Sentei na cama e bebi o arsênico, me deitando em seguida, sentindo inicialmente o sono que a voz tinha dito que sentiria. Fiquei de certa forma feliz, afinal, não era tão ruim assim, parecia como nos sonos normais, era até bem mais agradavel, achei que tudo o que falavam sobre 'morrer' fosse besteira, não doia nada.......até que....começou o segundo estágio, aquele propriamente dito do efeito do veneno, começou com uma sensação de calor, e depois essa queimação foi invadindo o corpo todo, como se fosse me queimar mesmo, e embora tentasse relaxar e dizer pra mim mesma que agora não havia mais nada a fazer, que tinha sido minha escolha e que a aceitasse com tranquilidade, no fundo começou a bater um desespero, pois com aquele fogo foi vindo a sensação de sufocamento da qual tenho pavor....e ainda como a voz tinha dito, junto com isso viria o segundo estágio de sono, aquele do qual não iria mais acordar e foi ai que me desesperei mesmo, pois só no segundo final percebi a merda que fizera e de como realmente NÃO queria morrer........E acordei suando e com dificuldade de respirar, ainda achando que estava caindo no sono da morte, ai! É a segunda noite em que acordo com uma sensação tão vivida vinda de um pesadelo. Acho que nunca pude me sentir tão perto desse 'limiar final' como nesse pesadelo macabro.....

Apocalipse


Foi um sonho que tive ontem (15/09) e que só está se desvanecendo agora de tão ruim. Foi uma coisa que, ao contar para uma amiga, foi chamado de 'criativo', mas eu digo que foi mesmo é aterrorizante, mesmo que muito pirado. Acho que ando impressionada com coisas que vejo na tv, isso é um perigo para minhas noites de sono........


"Haviam muitos cientistas de países ricos desenvolvendo um metodo para descobrir coisas que só acontecem fora da Terra (como essa maquina que pode recriar o Big Bang), mas algo deu errado e criou-se na verdade um tipo de força diferente de tudo o que já se imaginou dentro ou fora daqui. Ela se concentrou no oceano, inicialmente como um tipo de bola de energia que ficava sobre as aguas, mas depois ela foi atraida para fora da atmosfera da Terra. Eles chamavam essa bola de 'Super Nova' (um nome de um corpo celeste mesmo, mas não era o que realmente é, ou seja, um tipo de estagio entre a morte de uma estrela e o inicio de um buraco negro) era quase um buraco negro, mas ao inves de sugar, ele iria explodir e evaporar tudo ao redor. Eu era uma das unicas pessoas que sabia disso e ao mesmo tempo uma 'terceira pessoa' no sonho, eu podia ver muito além dentro dele, no caso, acompanhei o trajeto da Super Nova até fora da Terra e muito além, até nosso planeta parecer uma bolinha de futebol...era tão estranho, o sonho pode parecer a maior maluquice, mas a sensação foi tão esquisita, me senti verdadeiramente pequena ao ter aquela visão do nosso planeta, como se não fossemos (e digo não só cada pessoa habitando aqui, mas cidades, países inteiros, continentes, enfim, tudo o que conhecemos e achamos tão grande) nada , todas as disputas de poder e dinheiro perdiam a importancia, pois tudo aquilo poderia se acabar em questão de segundos, sem que o mais importante homem do planeta pudesse fazer nada a não ser mijar nas calças de medo...E eu também estava, apavorada...de repente eu me senti sem esperança nenhuma, insignificante, pensando nas pessoas que amo e nas que nem conheço, sumindo simplesmente....Ai recebemos a noticia de que aquela bola ia disperssar energia suficiente para destruir todo o Sistema Solar, poderem, como a Terra era um planeta 'diferente', ele poderia se salvar, mas não era certeza, então tinhamos que nos segurar, pois seria a qualquer momento, nós poderiamos sentir um grande impacto e talvez houvessem terriveis terremotos por todo o planeta, mas ainda assim ele poderia se salvar...

O finalzinho do sonho foi com essa terrivel expectativa de que 'a qualquer momento' aquela explosão poderia acontecer e não sabiamos o nosso destino, mas eu só queria ficar perto das pessoas de quem gostava para suportar isso......


E acordei sem folego, nauseada, com uma sensação tão, mais tão ruim, que até agora, mais de um dia depois, ainda sinto algum vestigio daquele terror que me acometeu, daquela imensa sensação de desesperança, de insignificancia diante de uma coisa tão devastadora e implacavel...Por alguns minutos quase chorei, achando que nada mais tinha importancia (mesmo que eu soubesse que tinha sido só um pesadelo muito ruim) e temi (ou melhor, morri de medo) de voltar a dormir e ter uma continuação nefasta daquilo (como normalmente acontece comigo), demorei muito para me acalmar e voltar a dormir (e sonhar com coisas não tão ruins ou arrebatadoras.......)

domingo, 14 de setembro de 2008

Um filme divertido!



Para os que curtem cine de horror dizer que um filme é divertido não quer dizer que ele seja engraçado e sim legal de assistir. Assim vi A Casa de Cera (House of Wax) de 2005. Produzido pela Dark Castle, criada na metade do anos 90 para ressucitar filmes de horror B de antigamente, sem muito sucesso, diga-se de passagem, e que fez algumas tentativas com A Casa da Colina (explendidamente arrepiante nos 30 primeiros minutos, bem clássico mesmo, achei que enfim estava assistindo a um remake fiel, mas que depois cai nas picaretagens do cinema moderno, com sustos banais e efeitos especiais pavorosoooooosss), Navio Fantasma (se pudessemos dizer que um filme é bom por partes, esse seria muito bom, mas no geral ele é mediano, mas não deixa de ter uma trama interessante) e 13 Fantasmas, entre outros...Nenhum desses atingiu o minimo de sucesso que a produtora esperava e quando eles acharam que estavam indo pro buraco....eis que refilmam um filme que iria pra frente



Foi um filme que superou minhas expectativas de ver só mais uma produção de adolescentes com um serial killer a reduzir o elenco aos mocinhos no final. De fato o elenco é constituído de adolescente e a história inicialmente é meio típica, os amigos se reúnem pra assistir a um jogo e resolvem acampar no caminho, então um carro estranho os aborda e da mesma maneira misteriosa com que chegou se vai (convenhamos que a garrafa atirada em um dos faróis pelo mau encarado Chad Michael Murray ajudou um pouquinho, rsrs). No dia seguinte um dos carros da turma amanhece quebrado e eles se dividem entre os que vão tentar ainda assistir o jogo e os que tentarão consertar o carro. Apesar dos clichês convencionais desse tipo de história, e de se utilizar uma idéia já antiga do famoso museu de cera numa cidade perdida e abandonada, o filme não deixa a desejar, e há vários aspectos que o tornam interessante (como a genuína animação, entrosamento ou desentendimentos dos personagens) e bizarro (quem não ficou aflito quando a mocinha caiu sem dó naquela vala de carcaças de animais? ugh! Ou apreensivo com a carona do tipinho repulsivo que ‘administrava’ a tal vala até a fatídica cidade da Casa de Cera). A inocencia com que o casal da trama explora a cidade atrás de ajuda é algo que nos faz lembrar de coisas boas (de verdade, como um passeio da infância ou lugares por onde você passou), é tão real e simples que você até chega a ficar triste em saber que dali pra frente a tendência é deles só se ferrarem (embora achem que conseguirão ajuda, na verdade a cidade esta vazia e os habitantes que aparentam morar nela são cadáveres transformados em bonecos de cera...é uma mistura muito boa do verídico com o teatral, como se estivéssemos dentro de uma enorme (bonitinha no começo, mas horrenda no final) casinha de bonecas). Numa cena flash-back no inicio do filme, somos apresentados aos futuros serial killers da história, dois irmãos que sofrem maus tratos na infância (o berço da maioria da psicose homicida). Um está mais perto da aparência ‘normal’ e engana o casal mostrando boa vontade em ajudar, o outro tem o rosto deformado e se esconde nas trevas, é ele quem confecciona os bonecos de cera (principalmente os feitos com pessoas vivas!) no subsolo da incrível House of Wax. Parece que aqui temos uma metáfora da criação de formas perfeitas pelas mãos de um ser que se sente imperfeito e tenta se completar de alguma forma. A partir daí começam a matança e o primeiro que morre é o simpático mocinho da trama! É angustiante quando, já transformado num boneco de cera (mas ainda vivo por baixo) vê-se a dor e as lágrimas nos seus olhos quando um de seus amigos arranca um pedaço de seu rosto na tentativa de ajudá-lo a se libertar da mortalha de cera. Outra morte em destaque é da personagem vivida por Paris Hilton, que deve ter agradado a todos que odeiam a patricinha.
O mais eletrizantes do filme é o seu final. Sobram apenas os dois irmãos dentro da Casa de Cera que derrete rapidamente pelo fogo que a consome, eles precisam escapar da casa, cujo chão virou um mar de fogo e cera liquida incandescente e do assassino. Será difícil ver um final tão bom e realista como esse, vejam, a casa era toda feita de cera e em tamanho real!
Apesar de sentir que minha opinião seja leiga perto dos veteranos do cine de horror que podem comparar com produções antigas abordando o tema bizarro do museu de cera, para mim é um dos melhores filme pipoca sobre adolescentes dos últimos tempos e sempre que quero me divertir um pouco dou uma repassada em House of Wax.
Ah, na última cena do filme, onde tudo acaba ‘bem’ (os dois sobrevivem no final e a policia e médicos aparecem para socorre-los, sem que ninguém saiba de onde eles surguiram, mas sempre acontece assim), os dois estão indo embora na ambulância e olham para a câmera que a turma inicial gravara seus momentos durante a viagem, a mocinha diz que ali teriam muitos momentos bons para relembrar, com uma nota de saudade dos amigos mortos. Porém, se ela preferia lembrar dos momentos bons seria melhor não ter pego aquela câmera, que foi usada pelo assassino para filmar todas as mortes, com requintes de uma crueldade fria e sarcástica. Rs.........

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Uma outra Face



Escrever sobre os meus sonhos (do inconsciente, aqueles que temos normalmente de noite) é uma das coisas que mais gosto, pois nossa consciencia adomercida é um terreno fértil para nos mostrar coisas que não vemos quando despertos, ou para acentuar o quanto estamos felizes ou apreencivos com algo. Ninguém sabe exatamente do que é feito o sonho, uma colcha de retalhos, um mosaico de momentos e sensações vividas na vida desperta, mas eles acabam falando muito do que deixamos recolhido dentro de nós.

O que vou contar agora é da sensação que tinha dentro de mim de como algumas pessoas podem ser se pudessemos vê-las por dentro...



29 de Setembro de 2002 - domingo (idade:16 anos)


"Voltava da aula à noite, vestida com uma roupa diferente e que me marcou muito no sonho, um tipo de camiseta da escola e uma outra por cima, preta, com as mangas e a gola cortadas ou rasgadas, era um tipo de roupa bem 'da hora', que fazia com que eu me sentisse diferente. Um pouco por causa disso (tipico dos sonhos materializar um sentimento ou sensação em alguma coisa) me senti mais confiante e descontraida.

Na frente de uma casa já na minha rua tinha uns caras sentados, bem bonitinhos, do tipo que eu faria um caminho diferente só para não cruzar com eles, de vergonha, pois são os tipos que mexem com meninas quietas como eu. Mas no sonho eles assoviaram querendo chamar minha atenção, fiquei corada, e mesmo me sentindo mais confiante, hesitei em olhar para eles, mesmo percebendo que não era de zuação, só dei um risinho sem jeito notando que um deles também sorria timidamente para mim. Fui para minha casa, entrei ainda distraida pela cena com os meninos e quando cheguei na sala...esbarrei com uma garota bem galinha da minha turma do 1° colegial (que infelizmente tinha o mesmo nome que eu), sentada folgadona no sofá da sala. Me espantei...ela ficou me olhando e com um sorrisinho cínico no canto dos lábios me cumprimentou com um "Oi". Não me dei ao trabalho de responder, só perguntei prontamente:

- O que você tá fazendo aqui?!

- Seu irmão me convidou pra vir aqui.

- Meu irmão... - murmurei pensativa. Ela fez sinal de que era aquilo mesmo, mas mesmo assim estranhei, fazendo uma cara de "meu irmão se envolvendo com esse tipinho de garota, fala sério..." e fui indo para o meu quarto, mas na entrada no corredor para os quartos ela entrou em minha frente, me perguntando:

- Você é irmã dele mesmo? Nem parece...

Olhei para ela e vendo aquela figurinha patética, simplesmente tirei-a do meu caminho, empurrando-a e falei no corredo sem olhar para trás

- Vai te catar!


Enquanto estava no meu quarto, esqueci aquela garota. Tirei a bolsa que usava transversalmente e fiquei me olhando no espelho, vendo a roupa que vestia, me sentindo muito bem mesmo de estar vestindo algo tão descolado...

Parecia que iria para São Paulo aquela noite e só tinha voltado para pegar minha mochila. Quando voltei à sala aquela 'coisa' ainda estava lá, porém a sala estava na maior escuridão. Vi que a mãe de uma amiga minha sentava-se em um dos sofás que fica ao lado do telefone, usando ele para ligar para a filha, avisando que já estava voltando (e não sei o que ela fazia em minha casa) e aquela putinha que também estava de saída disse dissimuladamente:

- Bom gente, deixa eu ir indo...

Como se nós estivessemos felizes por ela estar ali ou à vontade com sua presença. Ela foi em direção à mãe dessa minha amiga e lhe deu um beijo no rosto, deixando depois sua face para ser beijada também, esperando que a mulher retribuisse o gesto de despedida. A senhora ficou bem desconcertada com a atitude da menina (e sinceramente eu também) como se estivesse se perguntando "O que essa...menina quer de mim?" e a outra lá, esperando. Não vendo outra alternativa, a mãe da minha amiga acabou beijando essa galinha, só para que ela fosse embora logo e bem nessa hora um caminhão passou na rua, com os faróis altos, iluminando boa parta da sala e comm isto o rosto daquela nojenta e o que aconteceu em seguida foi esquisito e um pouco assustador...a luz que passou não iluminou seu rostinho 'bonitinho' e sim a face de uma velha horrível, de aspecto rabugento e mesquinho (deu pra ver tudo isso e muito mais, sua feiura interna era mesmo feia), na hora saquei que a luminosidade revelou o que ela relamente é por dentro, uma parte que infelizmente quase ninguém percebe ou quer ver (principalmente os idiotas dos garotos), quando a luz se foi o rosto dela voltou ao normal. Ela foi embora e também sai, para encontrar um carro a minha espera para que fossemos logo para SP..."

domingo, 7 de setembro de 2008

Mudando de Assunto...


Ontem terminei de assistir a segunda temporada de One Tree Hill (Lances da Vida), e que me deixou ansiosa pela terceira temporada (embora já esteja na quinta). Este é um dos poucos, ou talvez o único seriado atual que foca o universo adolescente a me atrair. As paixões, os conflitos, a relação entre jovens e adultos, suas indecisões e incertezas, suas burradas e vitórias, sempre abordando alguma citação literária ou pensamento que nos fará refletir um pouco, os próprios episódios são um pouco de parada para pensar.
Coisas que notei entre uma temporada é outra foi a mudança do que sustentava a série no começo: o basquete. O nome dado no Brasil, 'Lances da Vida', se refere ao que o basquete, tema central da primeira temporada, poderia mudar na vida de todos os personagens, fosse para confrontar seu passado, descobrir seu presente ou construir seu futuro. No início eu nem queria assistir esse seriado, pois achava que por se tratar de uma trama sobre americanos almoçando e jantando basquete seria a maior chatice. Leigo engano, só assistindo pra saber a profundidade de cada episódio, e no final, encerrando uma temporada, a impressão que ela deixa em você. É incrivel. O basquete na verdade é um tipo de imagem figurativa sobre lutar por alguma coisa, e os caminhos que essa luta pode te levar. Na segunda temporada vi o basquete ser substituido pela música, mas não foi uma mudança drástica, tanto que só ontem me caiu a ficha de que alguma coisa estava ligeraimente faltando no decorrer dos 22 episódios e outra sutilmente a substituiu. A música nesta segunda temporada é uma coisa que oscila entre ser bom ou ruim, como o basquete no começo, o universo musical leva Haley (Bethany Joy Lenz) para longe de seu recém-marido, Nathan (James Lafferty), que era o astro do basquete no início, causando surpresa, pois não é algo esperado da personagem, nem da série (mas muito bem bolado, pois se fica perguntando como é que essa situação vai se resolver no final), traz um pouco de esperança para a vida que vai se tornando cada vez mais vazia de Peyton (Hilarie Burton) que organiza shows na nova boate jovem da mãe do protagonista Lucas (Chad Michael Murray). As reviravoltas da segunda temporada ainda se baseiam nos inumeros personagens novos que povoaram Tree Hill e que deram novas perspectivas para corações partidos e solitários, embora no final a maioria acabe sozinha de novo, tentando encontrar seu caminho. Quero muito saber como se resolverão os fios soltos (e como essa série consegue terminar diferente das outras! Ao inves de um final que, embora você sabe que vai continuar, sinta que é um final, na verdade parece uma suspensão temporaria no ar, onde todos ficam a mercê do que acontecerá a seguir, mas esse a seguir fica para uma próxima vez), uma pena que no Brasil ainda não há o box da terceira temporada (por aquele precinho especial tipo Lojas Americanas) e a exibição em tv aberta (no SBT) já está na quarta ou quinta temporada. É esperar para ver como consigo essa terceira parte da série, ai eu falo mais um pouquinho!

“Há uma maré na história do homem. Deveríamos aceitar a enchente, ela leva à fortuna. Mas se omitida, a viagem das suas vidas percorrerá vales e misérias. Num mar tão cheio agora flutuamos. E devemos pegar a corrente quando ela nos servir. Ou perder as aventuras que estão por vir".

sábado, 6 de setembro de 2008

Caminhos



"Perder o caminho é desastroso. Mas perder o ânimo para a jornada é infinitamente pior".


Já sentiu ter perdido os dois? Eu sinto... e se um é infinitamente pior ao outro então estou mesmo ferrada. Me refiro a falta de perspectiva em relação a faculdade. Já estou no último ano e me sinto cada vez mais perdida e com medo do raio do futuro (essa incognita tão assustadora, sobre o qual está todo o peso das esperanças , das realizações das incertezas, que na cabeça de alguns, como os pais, já são certezas e que você tem que se virar pra transformar em realidade, com um medo danado de decepcioná-los no final das contas...), pra começar nem estou fazendo algo que gosto, na faculdade que gosto, na cidade que gosto, sei que as coisas não tem de ser do jeitinho que a gente gosta, mas as vezes dá um desanimo que o rumo que as coisas tomem seja tão contrário aquilo tudo que você queria. Já fiz informática, pra descobrir dois anos depois que se não saisse daquela canoa furada ia naufragrar rapidinho, fui para gestão empresarial achando que ali descobriria meu caminho dentro da faculdade, mas com o passar do tempo só tenho confirmado o primeiro desastre: a perca do caminho. Apesar de ser menos pior que o curso anterior que fazia, não tenho vocação para gerir o que quer que seja, e não me vejo fazendo isso profissionalmente, mesmo que seja 'um degrau para algo mais no...futuro'. Só que falar isso não é fácil e por isso que não falo, rsrs, mas resolvi pôr aqui porque acho que dificilmente algum colega de classe ou professor irá ler sabendo que fui eu, então posso tacar o pau. A faculdade (uma coisa de quinta do governo) não é nada do que eu esperava que fosse uma 'faculdade' (tá, só tem nome, um cursinho técnico supera em muito aquilo), isso já destruiu aqueeeeles sonhos, só tem os dois cursos pelos quais já migrei (informática e gestão empresarial) e nenhum dos dois faz meu tipo, mas como não tinha escolha mesmo (é de graça e não posso fazer nada pago, fica algo pra escolher?), fui para a gestão achando que não poderia ficar pior que o curso anterior....mas agora é que sinto uma sensação estranha de que piorou mesmo tendo melhorado. Quer dizer que eu entendo melhor as aulas e tudo o mais, é uma coisa mais 'humana', e achei que era essa parte humana que faltava no curso anterior e que me fazia sentir que estava escolhendo o caminho errado, mas o caminho errado mesmo começou quando pensei que esse 'futuro' estava longe de chegar e não o planejei direito, entrando no primeiro atalho fácil que me apareceu, e que me levou para caminhos muuuito diferentes do que eu imaginava. Gerir empresas não é meu forte, mas não digo simplesmente por ter dificuldade em uma ou outra coisa que me deixam meio insegura, o problema é que não tenho nem de longe o espirito daquelas pessoas capitalistas e empreendedoras que deveria ser o básico para se fazer um curso desses, acredito. Os professores podem até dizer para animar, que isso é normal, que os periodos de dúvida vão existir e blablabla, mas eles não entendem, ou entendem mas não querem adimitir (tipico!) que se você não tem aptidão pra fazer algo, mesmo que não tenha opção, não vai conseguir fazer, não vai dar tudo de si e conscequentemente vai ficar uma droga e a culpa não é que você não tem capacidade, mas simplesmente não consegue entregar seu coração praquilo, é pecado dizer que você não consegue diante de tantas pessoas que dizem ser fácil? Agora tenho me sentido cansada de tentar gostar de uma coisa com a qual não tenho mesmo afinidade e não conseguir forças suficiente para prosseguir o pouco que falta. Ás vezes tenho medo de alcançar o que está depois dessa porta chamada futuro e descobrir.......que infinitamente pior do que perder o ânimo é não ter o que esperar lá na frente.

Primeira noite do blog


Queria invocar algumas belas palavras pra começar este blog, mas não estou no espírito da coisa. Nessa primeira noite de blog efetivamente funcionando estou com umas das piores dores possíveis: a de ouvido, tentando não atirar meu pc pela janela, por sua falta gritante de sanidade e me sentindo desmotivada em relação a um montão de coisas. O que me salva as vezes de ir pelo mesmo caminho do meu pc é um menino-grande lindo que amo muito e que me atura até demais....rsrs.... e o fato de gostar tanto de escrever. Isso se tornou uma terapia, escrevo para me sentir aliviada das aflições do mundo ou simplesmente expressar coisas que normalmente não veria por ai, que está dentro de cada um de nós como um universo à parte....Acho que a idéia de fazer este blog vem de querer expor, comentar, ou só jogar conversa fora sobre um montão de coisa que simplesmente gostaria de dividir com os outros.

"
Ideologias nos separam, sonhos e angustias nos unem".
Eugene Lonesco, dramaturgo.