segunda-feira, 4 de julho de 2011

"Making of" dos meus contos - Cursed City

Irei começar pelos contos selecionados pela Editora Estronho este ano.
Já são 5 livros nos quais tive a oportunidade de participar. Mais do que imaginei possível a algum tempo. Nossa! Mas esta editora, que tem um leque bem variado de antologias, para mim é como uma casinha de doces, na qual posso me fartar com os temas que, outrora, eu não encontraria com tanta facilidade para escrever e ainda ter a oportunidades de ser publicado.

Bem, pensei em escrever um pouco sobre o processo de criação de cada um deles e das coisas que me inspiraram a escrevê-los, além do meu próprio gosto natural pelo terror. É, é, eu sou daquela que gosta de umas notas no final do livro, de um “making of” estilo “veja de onde saiu essa ideia louca”, rs.


O primeiro (e mais aguardado) livro foi:

Cursed City – Onde as almas não tem valor

A primeira vez que vi a chamada dessa antologia, foi através de uma amiga, que me mostrava a nova seleção da Estronho. Eu vi e pensei “Legal, bem original essa”, mas não tinha a intenção de escrever num primeiro momento. Pensei que velho-oeste não tinha nada a ver comigo, e dessa forma, me passou batido o tema.
Porém, com o tempo, eu fui gostando da ideia de escrever sobre coisas que nada tinham a ver comigo, principalmente por causa do desafio de contos que passei a fazer parte com duas amigas blogueiras (Celly e sua irmã, Yane), instigando a escrita de temas incomuns aos nossos gostos. Então comecei a olhar Cursed com outros olhos e me perguntar: Porque não? Foi então que a primeira centelha desta história se acendeu e o resto, um caderninho rosa que eu carregava comigo terminou de contar, rs.

Eu queria inspiração, mas não apenas isso. Estava inspirada com a possibilidade de me embrenhar por um tema diferente, porém, assim como nos contos do desafio, o primordial nesta etapa não é apenas querer escrever a historia, mas saber sobre o que se irá escrever, e ai começa o trabalho de pesquisa.
Eu sabia que tinha alguma coisa entre os quadrinhos aqui de casa, era só fusar e fusar, que sairia alguma coisa, e achei aquelas velhas edições em preto e branco e de capa rosa das Historias do Oeste. Havia apenas uma edição aqui chamada Sand Creek. Foi o suficiente para começar. Sua primeira página foi o estopim, alias. Mostrava a perspectiva de um abutre rondando algo que lhe atrai o olfato. A cena começava bem do alto, dos cânions:

“O abutre, junto com o coiote, é o varredor das zonas desérticas. Como todos os animais de rapina diurnos, é dotado de visão aguçada...”.

Depois a cena acompanha a descida da ave carniceira, mostrando o que ela rondava, até a perspectiva cair na cena do homem no chão, ainda vivo. Esta cena não só me deu uma ideia de como começar meu conto, como a estrutura dele: Começo descrevendo o ambiente de forma ampla, e depois vou afunilando os acontecimentos, até me deter em algo bem especifico, que irá conduzir o resto da trama, da mesma forma que os quadros da revista.

O conto em si começou a ser escrito na cidade de Ouro Branco, em MG, nas minhas férias de dezembro, quando para este estado fui, visitar amigos. Esta cidade tem uma grande serra e as ruas uma peculiar poeira vermelha proveniente do minério extraído, e um jeito de lugar bem pacato.  A poeira me lembrou o deserto, os cânions, o Golden Valley, então...peguei o caderninho que havia trazido na mala e comecei...quando terminei a viagem, em Belo Horizonte, fui à sebos atrás de revistas de Western e voltei com algumas boas inspirações e indicações (salve o Edificio Maleta e o Anderson da revistaria na Rua da Bahia!).
Também não consigo escrever sem música, sem ter algo inspirador ao fundo me impulsionando. Não foi de todo fácil achar musicas de velho-oeste que se encaixassem com o tema sobrenatural, mas descobri boas canções que tinham nuances soturnas e se encaixaram perfeitamente em Cursed City. Ennio Morricone foi o principal, com “Esctasy of Gold” (Metallica que me perdoe, mas essa ficou bem mais no tom do oeste que eu precisava), “Come Una Sentenza” e “Armonica” (ou “Era uma vez no oeste”), essa última com um som lembrando gaita que arrepia até a alma. Também usei muito o oboé de Grieg em “Entardecer nas Montanhas” nas cenas em que Anabelle agoniza, bem sombria essa musica também. 

Como tema, eu não conseguia imaginar outro: vingança. E imaginava isso sendo feito de um modo incomum, algo que pudesse aliar um sofrimento humano e um revide sobrenatural, na mesma pessoa. Uma vez que, quem entrasse em Cursed City, provavelmente não conseguiria sair, que essa pessoa, pelo menos conseguisse seu ‘troco’, mesmo que precisasse deixar sua alma a mercê das sombras.

No final, eu estava, diferente do começo, com muita vontade de participar. Tinha gostado muito de escrever essa historia, e quase estourei o prazo, porque não conseguia me decidir pelo nome do conto! Rsrs, de inicio, pensei em “A vingança dupla” ou “A vingança de Maniah”, mas um nome súbito me acometeu, e pensei na ideia que queria passar...então o intitulei como “Deixe-me Entrar”, que, segundo algumas pessoas, ficou legal. Ainda bem! E depois foi roer as unhas esperando o resultado, que recebi com muito contentamento e alivio. Rs.

Aqui vai um trechinho de degustação.

“(...) Anabelle sobressaltou-se, embora não pudesse mover o corpo. Sentia como se todos seus ossos tivessem sido esmigalhados e seu rosto colado ao chão. Gotas de sangue escorriam por dentro de seu olho, mas ainda conseguia move-lo lentamente. Mas nada viu. Só sentia a presença e o medo.(...)”


Tem uma frase do Stephen King no final do livro Tripulação de Esqueletos (1985) que gosto muito:
“Obrigado por acompanhar-me – eu gostei. Eu sempre gosto. Espero que tenha chegado são e salvo e que voltará – porque, como diz aquele curioso mordomo, naquele singular clube de Nova York, há sempre mais histórias”.

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Os comparsas com os quais tive o prazer de dividir os alicerces desta cidade amaldiçoada:

Xerife prefaciador: Adriano Siqueira

Bandido Convidado: André Bozzetto Jr. (A balada do coyote)

Os Procurados: Alfer Medeiros (O gigante, a curandeira e a lutadora de kung-fu), Alliah (Just like Jesse James), Ana Cristina Rodrigues (Aquele que vendia vidas), Carolina Mancini (Número 37), Chico Pascoal (Duas lendas), Cirilo S. Lemos (Por um punhado de almas), Davi M. Gonzales (Ainda dói?), Ghad Arddhu (Oricvolver), Georgette Silen (A mão esquerda da morte), Jota Marques (As desventuras do pequeno Roy), Lucas Rocha (O fantasma de Franklin Stuart), M. D. Amado (Nem sempre a fé te salvará), Marcel Breton (Sombras), Romeu Martins (Domingo, sangrento domingo), Tânia Souza (Demônios da escuridão),  Valentina Silva Ferreira (Sally), Verônica Freitas (Deixe-me entrar), Yvis Tomazini (Só o dinheiro dos mortos) e Zenon (Descanse em paz).

Continuo em breve com os outros livros.

***

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Fragmentos de um (romance)

Em exercício de escrita livre para desenvolver melhor personagens que, bem, tenho me dedicado muito nos ultimos tempos, talvez para algo maior (quem sabe, quem sabe, rs). Resolvi postar aqui para não deixar apenas no fundo de mais uma pasta. Assim, sinto-me esticando os dedos e mostrando algum progresso (ahah).

Talvez não faça lá tanto sentido, mas como disse, é um exercicio de escrita livre, só para liberar os sentidos, as percepções...


(C...)
A lente escura, em certo momento de luminosidade, deixou-se ficar fumê, transparentada. Pude, sortudamente, ver seu olhar sério dirigido a mim, como um ser marinho que, de repente, deixa-se ficar mais a vista próximo a superfície. Quase estremeci, pois a combinação dele com aqueles lábios vermelhos mais a baixo, imóveis e salientes, me deixara, inesperadamente, desconcertado. Deus...Como ela era linda e perigosa”. 

*** 

(L...)
“Seu olhar era concentrado e quase sempre alerta. Descreviam uma curva pelo ambiente, até pararem onde queria, como se vasculhando e mapeando pontos de perturbação. Parecia-me que seu semblante gentil era uma mascara bem posta, não para enganar, mas porque ele precisava ocultar aquele homem mais severo escondido por baixo, nas sombras, entrando em cena quando o palco não tinha plateia. Os olhos, de um verde enigmático, ficavam transparentes nas chispas de sol, e fosforescentes na escuridão, e seus cabelos de fios negros e compridos, vezes serviam de cortinas para os mesmos, abrigando-os em pensamentos.”

 *** 

(M...)
A Maris me lembrava muitas coisas: me fazia ver uma adulta num corpo de menina, mas tinha a voz de uma menina, cuja alma já tinha ficado madura. Amadurecida antes da hora, como fruta forçada a pegar cor e viço. Cor pode pegar, pois é inerente da casca se desenvolver, mesmo de forma acelerada, mas por dentro...por dentro há de ter certo amargor, e talvez até dureza. Não era fácil abrir tal fruta e encontrar a doçura de uma que, naturalmente, vinha e crescia e tornava-se grande e linda direto do pé, do qual, só no tempo certo, viria a ser colhida e mostrada ao mundo. Não, fruta arrancada antes da hora já não é coisa boa. Fruta forçada a parecer bonita quando poderia muito bem estar morrendo, menos ainda.”

Será que ficou bom? :-)

domingo, 29 de maio de 2011

Selos

Ainda estou acordando da agitação que foi Cursed e voltando a engrenar nas coisas (táá, isso foi ha duas semanas, mas para vocês verem o teor do evento, logo posto coisas sobre o mesmo aqui), e já descobri que ganhei mais três selinhos de amigas blogueiras. Obrigada queridas!!

A Carla Whitch Princess do blog The Witching World, que tem tudo sobre bruxaria, me presenteou com estes dois selos:
O primeiro foi criado pelo blog Um Mundo Fantastico da Bianca, cujo blog tem vários memes bacanas, curiosidades e novidades sobre o universo fantastico. Ela criou o selo para promover interação entre os blogueiros, e ele pode ser passado para quantos blogs desejarmos. O seguinte eu não sei de onde é, mas também é muito fofo, e acredito que possa ser passado também junto com esse para quantos quiserem.

Eles eu repasso para:






O próximo eu recebi hoje da querida Yane Faria, do blog Vozes ao Vento.
Outro selinho muito fofo, feito pela blogueira Amanda Cristina, do blog Primeiro Livro, que tem muita coisa legal também.

Neste, as duas regrinhas: Primeiro, responder a questão:
1) Para você, o que faz seu blog ser encantador?
Eita, que pergunta, rs. Mas acredito que esta sempre no fato de isso poder ser legal para outras pessoas, ser um pouso para alguém em algum momento. Para mim é encantador ter um espaço no mundo em que possa compartilhar aquilo que sinto e traduzo na escrita, na arte, em imagens, para mais alguém. É sempre recompensador ver as pessoas interagindo com isso.

2) O link do blog que lhe enviou o meme e o que acha dele.
Bom, o link da Yane é http://yanefaria.blogspot.com/, e eu acho ele muito legal. Passei a conhecê-la através de um desafio literário que compartilhamos com sua irmã, a Celly Monteiro, do blog A Fantasista, e seus textos e seu jeito é sempre permeado de uma sensibilidade com o cotidiano que chega a ser emocionante. Ela escreve de forma breve e certeira, sabendo onde tocam fundo as coisas da vida. Vale a pena passar no blog da Yane e ler seus textos e suas homenagens.

3) Repassar o meme para todos os blogs que você considerar encantador
Lá vamos nós, queria enviar para muitos (afinal, ela diz 'todos'), mas me limitarei a cinco dessa vez (ou a lista vai longe:


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Lançamento de Cursed City e surpresas

No próximo sábado (14/05) acontecerá o lançamento da antologia de contos assombrosos do velho oeste: Cursed City: Onde as almas não tem valor, da qual, com imensa felicidade, participo com o conto Deixe-me Entrar. A Editora Estronho caprichou na criatividade e arte do livro e estou ansiosa por tê-los em mãos (com buraco e tudo, rs).

Segue o convide para o evento, que acontecerá em São Paulo, junto a outros dois lançamentos: Insanas...elas matam! (Estronho) e Rei Rato (Tarja Editorial).



Algumas curiosidades do livro:


Nem mesmo o livro foi poupado pelos pistoleiros e toda sorte de facinolas que assolaram essa cidade maldita, mandaram bala mesmo XD!! rsrs












 


 E além disso, um dos autores, o brother Yvis Tomazini (do blog A CANETA SELVAGEM), autor do conto "Só o dinheiro dos Mortos", teve uma ideia pra lá de bacana, fez um filminho divulgando seu conto e também a antologia, vale a pena conferir, ficou muito legal e criativo!




Como chegar ao lançamento: BAR PIER 1327

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Strangers things

Eita, esse mundo nosso é muito louco mesmo, veja com o que me deparei essa semana vendo alguns destaques no jornal online do Yahoo!


"Aranhas fazem teias em arvores, no Paquistão"
Até ai eu não tinha entendido a relevancia da noticia, até pensei aqui com meus botões o pessoal ta sem notícia mesmo né, mas quando abri na integra....brrr, levei um susto com isso ai, que barato!

  

Segundo o jornal, as bichinhas, fugindo das enchentes da época na região, vão se refugir nas arvores e fazem lá sua tecelagem, rs. Mas para os moradores é estranho, dizem que nunca viram nada parecido na região (O.o), mas tem seu lado bom: uma vez que enchem as arvores de teias, os insetos ficam presos nelas, diminuindo a incidência de doenças transmitidas pelos mosquitos, como a malária (oh bichinhas, venham fazem uma dessa na minha casa também XD!).



Essas arvores também dão um ar meio sinistro, soturno pra paisagem, parece que estamos num cenário tão abandonado que até as arvores foram consumidas. Mui estaño o.O......

segunda-feira, 28 de março de 2011

Páginas de um caderninho vermelho II


O mundo da escrita.

Tem coisa mais solitária (e prazerosa) do que escrever? Escrever e ler é como manter um caso de amor consigo mesmo, ou com algo tão intimo e particular, que só você sabe a língua, a chave para entrar. Mas é a única solidão que tenho apreciado nos últimos tempos, pois se tornou um oficio também e essa palavra me remete a algo afagador. Oficio é como exercer aquilo que realmente se gosta, como colocar em suas mãos o que esta em sua alma, em forma de trabalho, de algo concreto. Oficio me lembra de quando as pessoas podiam fazer aquilo que realmente gostavam, sem temer o amanhã, algo que tanto, tanto queria pra mim. Ter feito a faculdade que queria, estar exercendo uma função que faz jus ao que realmente amo, e não algo totalmente as avessas, que me frustra diariamente, que me deixa com uma sensação de inutilidade, de mãos atadas. Estar me embrenhando pelo mundo da escrita de forma mais realista tem me feito um bem que jamais poderia imaginar que faria.  E eu quero mais, mais, pois sair dessa realidade inexorável se tornou minha droga favorita. Parece ruim comparar algo que tanto amo com uma droga, é como se fosse uma fuga, um escape, mas é, só que não da forma ruim. Quando termina minha viagem eu estou melhor do que comecei, e quando os resultados dela são positivos (como tem sido, nos últimos tempos), ai então, me da ainda mais coragem para continuar. Tem sido a coisa mais real da minha vida nos últimos tempos, a que mais bem tem me feito, mesmo que para alguns ainda seja só uma brincadeira que me deixa varias horas (ou dias) imersa e concentrada, meio off ou só falando disso. É a minha brincadeira favorita, é um hobby que tem, aos poucos, se tornado coisa séria. Para os que não veem isso ainda de maneira concreta, eu gostaria de deixar claro: Essa é minha vida, minha paixão, meu oxigênio. Tente tirar isso de mim, e estará me tirando o que de mais precioso tenho dentro de mim, e no momento, tudo o que tenho de meu, de autentico.  Numa vida tão limitada, tão imposta de limites e regras, acho que eu tenho esse direito, né?

(Revoltada! rs) 

Selo: Desafio Leitura Nacional

Mais um adorável selo no blog, dessa vez presenteado pela querida This Gomez, do blog Canto e Conto, autora da série de contos Ar de Evasão (o primeiro deles na antologia da qual participamos, Beijos e Sangue, organizada pela Jossi Borges) e outros escritos com escrita leve, envolvente e dinâmica! Muito obrigada This!

Esse selo vem com um Meme. Ta lembrado daquele caderno de perguntas da época da escola? Se ja respondeu um desses, vc sabe o que é um 'meme', é como uma versão atual e bem mais elaborada e madura dele, um post que traz uma ideia, disseminado de modo que outras pessoas possam responder sobre o mesmo assunto, dando seu ponto de vista. Pronto, pra quem não sabia o que era um Meme, agora da pra dar um tapa, rsrs. Esse é especial e bem interessante: é sobre questões de literatura brasileira. Então vamos a ele:

1 - Quanto livros nacionais há na sua estantes?
Eita nóis sô! Vamô lá que essa é meio difícil viu, minha bibliotequinha ta aumentando, mas, infelizmente, ainda não tem o tanto de autores nacionais que queria (mas isso tem mudado nos ultimos tempo), já num sei quantos livros tenho (acho que da ultima vez que contei tinha uns 70), mas de nacionais em localizei 31:

1 - Sete Ossos e uma maldição (Rosa Amanda Strausz)
2 - O Vampiro de Cada um (Martha Argel)
3 - Beijo Descalço (Leonardo Leon - comprado num sebo de BH)
4 - Contos (Machado de Assis)
5 - Dom Casmurrro ( " " )
6 - Memórias Postumas de Brás Cubas (" ")
7 - Quincas Borba (" ")
8 - Memorial de Aires (" ")
9 - Helena (" ")
10 - O Quinze (Raquel de Queiroz)
11 - Irmão mais velho, Irmão mais novo (Vários - coleção Vinculos)
12 - Clarissa (Érico Verissímo)
13 - A volta do Gato preto (" ")
14 - O Tempo e o Vento ("  " - coleção completa)
15 - Capitães da Areia (Jorge Amado)
16 - Espumas Flutuantes (Castro Alves)
17 - Inocencia ( Visconde de Taunay)
18 - Memórias de um sargento de milicias (Manoel Antonio de Almeida)
19 - O triste fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto)
20 - O Ateneu (Raul Pompeia)
21 - Os Sertões (Euclides da Cunha)
22 - Índia - da Miséria a Potência (Patricia Campos Mello - usei no meu TCC)
23 - Veronika Decide Morrer (Paulo Coelho)
24- A Marca de uma lágrima (Pedro Bandeira)
25 - A Droga da Obediencia (" ")
26 - O Mistério dos MMM (romance policial escrito por vários, entre eles Jorge Amado, Raquel de Queiróz, Guimarães Rosa....)
27 - Verão no Aquário (Lygia Fagundes Telles)
28 - Coleção para Gostar de Ler - Vol 4 Crônicas (Rubem Braga/Drummond/ Sabino/ Paulo Mendes Campos)
29 - Um Certo dia de Março (Lucília Junqueira de A. Prado)
30 - O Noviço (Martins Pena)
31 - O Vendedor de Sonhos (Augusto Cury)

2 - Quando e qual foi o ultimo livro nacional que você comprou?
Olha, eu fui numa feirinha de sábado, dessas bem populares, que as pessoas colocam uma manta no chão e expoem o que querem vender, vulgarmente chamada de 'feira da barganha'. Eu fui em janeiro e tava atrás de livros mesmo, e achei um senhorzinho vendendo qualquer um por 1 real! Fiz a festaaaa, ahaha! Mas da compra, o que mais gostei de achar foi Verão no Aquario, da Lygia Fagundes Telles.

3 - O que achou dele?
To adorando. Ela tem um jeito todo especial de escrever, descrevendo cenas através de pensamentos e lembranças, muito bom! Uma curiosidade é que quando abri o livro, vi que a antiga dona tinha escrito seu nome e data (1974), e que ela era mãe (ja falecida) do meu antigo chefe, num estágio que fiz (que sempre fora muuuito nostalgico com ela no tempo em que trabalhei com ele, tanto que dava até vontade de tê-la conhecido). Uma senhora duma coincidencia (mas não vou devolver o livro não, ahaha). O livro tem ainda algumas anotações dela (parece que ele fora usado durante um curso, pois o nome da turma ainda está no livro), e me sinto meio como o Harry Potter com o livro  de poções do "Principe Mestiço"  no Enigma do Principe, rsrsrs. Isso só o torna ainda mais especial!

4 - Entre os nacionais que ja leu, de qual menos gostou e qual mais te surpreendeu?
Hummm, nesse ponto eu concordo com o que a This respondeu no dela. Como escritora, a gente sabe a barra que é escrever, a dificuldade pelas quais passamos, e ultimamente não tenho conseguido ver um livro dessa forma, apenas desgostando dele. Mas da minha coleção, se tem um que não apreciei muito foi Veronika Decide Morrer, do Paulo Coelho. Não tenho muita sorte com os livros dele, acabo pegando historias, esperando coisas diferentes e acho que por isso me desaponto (ainda tenho que aprender que o gênero do PC não é o gênero que estou pensando, rsrs),mas também porque ele me proporciou alguns constrangimentos enquanto o lia (rsrs), pelas pessoas associarem o nome do livro a mim (Verônica) e acharem que eu estava numa fase depressiva querendo me suicidar (kkkkkkkkk). Nada a ver, claro! (apesar do meu visual não ajudar mto, pois era meio gostica nessa época, rs), eu comprei ele mais por causa da curiosidade com o nome (um erro que não pratico mais nos dias de hoje, rsrs, pra não acabar falando mal de um livro só pq ele não tinha a ver comigo).

Agora surpresa...já li autores massas, tipo Euclides da Cunha (me surpreendi em como amei Os Sertões) e Graciliano Ramos (Vidas Secas), mas tem um livrinho fininho na minha coleção (e mesmo antes de estar nela ja me era favorito) que eu achei maravilhoso, chama-se Sete Ossos e Uma Maldição da Rosa Amanda Strausz, jornalista, formada na UFRJ. É um livro de contos de terror infanto-juvenis, mas que pode ser lido por qualquer idade, e sem duvida, arrepia dos pés a cabeça. Eu achei que não ia gostar, por ter essa tematica mais jovem, e saber como é historias de terror para adolescentes (normalmente com uma pitada meio comica, ou leves demais), mas ela...puxa, ela superou todas minhas expectativas, e no primeiro conto que li, numa versão digital, eu fiquei tão arrepiada (eu fui ler no escuro, no silencio da madrugada, achando que tava de boa por ser livrinho juvenil, ahaha, cai do cavalo) que tive de parar e procurar o mais rapido pra comprar. Cada conto é como um desse causos que a gente ouve, e nos deixa com um arrepio na espinha e eu adoro esses contos tipicos de terror, daqueles meio 'contos da fogueira'. Soberbo!

5 - O que acha que falta aos autores nacionais para que a barreira do preconceito dos leitores seja vencida?
Mais divulgação, mais incentivo. Que parem de nos colocar como ultimos da lista, como escrita alternativa, como se ser brasileiro nos fizesse de alguma forma 'autores amadores'. Ultimamente tenho visto a literatura nacional com outros olhos e penso que minha estante vai ficar ainda mais cheia deles. Temos de nos prestigiar, antes de prestigiar os de fora ;-)

6 - Cite 3 (ou mais) livros nacionais que espera ler em breve.
A Vida como ela É (Nelson Rodrigues, to atras faz tempo, alguém ai se habilita a me presentear, (ehehe, cara de pau!)?)
FC do B 2 (contos de ficção cientifica da Tarja, quando fui comprar, ficou indisponivel (ohh azar viu >_<), to esperando voltar a loja)
Steampunk - Historias de um passado Extraordinário (varios, da Tarja também, ja adiquirido, to aguardando chegar ^^)
(mais)
Felicidade Clandestina (Clarice Lispector, peguei emprestado, mas não tive tempo de ler mais do que dois contos, quero de volta!!)
Adorável Noite (Adriano Siqueira, o Lord dos vampiros)

7 - Indique 5 blogs para este desafio.
I - A CANETA SELVAGEM (Yvis Tomazini)
II - ALTERNATIVOS E INDEPENDENTES (Jossi Borges)
III - CONTOS DE VAMPIRO (Adriano Siqueira)
IV- FRAMBOESAS NO JARDIM (Carolina Mancini)
V - MASMORRA DO TERROR (Lino França Jr.)