quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Antologia de contos Beijos & Sangue



Beijos & Sangue

3ª Antologia independente de contos de romantismo sobrenatural.

Organizada por Jossi Borges e Rebis Kramrisch

Uma antologia com o melhor do conto sobrenatural moderno do Brasil. Novos autores mostram o lado fantástico, sombrio e bizarro do amor: Romances de tirar o fôlego, ao mesmo tempo comoventes e assustadores. Na presente coletânea, quatorze contos apresentam mitos ligados às histórias e lendas urbanas de terror, todos com seu toque misterioso de romantismo. Beronique, Cadu Lima Santos, Celly Monteiro, Georgette Silen, Jossi Borges, M. Blannco, Priscila Mendes, Rebis Kramrisch, T. G. Lira e Yane Faria apresentam contos densos, profundos e que vão mexer com suas emoções.

R$ 32,68
Tema: Literatura Nacional,
Número de páginas: 134
Peso: 224 gramas
Edição: 1(2010)

http://www.clubedeautores.com.br/book/28653--Beijos__Sangue

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Meus contos nesta antologia: Encontro Inusitado e O Adeus, além de outros 12 excelentes contos!!! É pra se deleitar!

sábado, 24 de julho de 2010

Nostalgia

Foi o mundo que diminuiu ou a gente que aumentou? Ou foram nossas percepções que mudaram com o passar dos anos em que crescemos?

Olho para uma casinha onde funciona uma pré-escola. Tudo muito simples, onde crianças estão como as outras crianças, livres, curiosas, pequenas e com uma noção de mundo gigantesca. Logo atrás existe, fechado por um portão de grade, um terreno imenso e vazio, apenas com algumas arvores e arbusto baixo.
Olhando daqui, apesar do tamanho, não é uma floresta desconhecida. Provavelmente se andasse meio metro dele perderia o interesse pelo descampado de mato ralo. Uma bela paisagem para um artista? Talvez, mas ainda precisaria de muito para ser interessante.
Mas pergunte a uma criança o que ela vê neste terreno.Pergunte a criança dentro de você, se ainda a encontrar, o que ela sente ao ver aquele mato pelas grades do portão.
A sensação maravilhosa de nostalgia volta, como um perfume antigo que emerge das páginas de um livro foleado depois de muito tempo e ao tocar o seu nariz lhe provoca um sorriso.

Para a criança aquele é o desconhecido. O gigantesco mundo desconhecido. E que ela esta ao mesmo tempo que assustada, ansiosa para ver. Um mundo que tem hora e permissão para ser visto, degustado e por isso é ainda mais esperado, respeitado.
Olho para o terreno vazio e penso numa mão adulta e indiferente abrindo as grades do portão, mas que são o umbral do reino desconhecido para o pequeno ser ansioso que o atravessa correndo, com o coração aos pulos de certa emoção sem nome. Ao pensar pelos olhos desse pequeno ser, vejo como o terreno se tornou imenso agora, cheio de seiva, enquadrinhado aos poucos em zonas particulares, a arvore que faz sombra, a outra que é boa para subir, o terreno para o pega-pega, ou aquele onde tem flores, no meio ficam os mais afoitos em brincadeiras acaloradas e no fundo...bem, o fundo é o terreno para os corajosos ou para os esconderijos ou para os segredos muito secretos. Por esses olhos pequenos de vida tenra cada ponto que se aproxima do final do terreno é como uma aventura maior, em direção ao verdadeiro desconhecido, de certa forma o lugar para se temer e se ganhar. Teste sua coragem indo até lá, até onde o silencio se avoluma e o som vai ganhando eco junto a brisa soprada na grama que se intensifica. Porque quando se é criança o mundo é tão grande que mesmo um terreno no fundo de uma creche pode ser uma terra de maravilhas e onde conseguimos testar nossos primeiros medos. E vencê-los.

E então ouço uma voz me chamando para aquele mundo que diminuiu, fazendo a magia do momento se romper. Vejo que o terreno esta mais silencioso do que quando o vi da primeira vez, talvez ainda procurando ecos das risadas do passado. Sou surpreendida por uma funcionaria do lugar estranhando minha expressão introspectiva. Era hora de ir, hora de enfrentar os medos que ficaram maiores e inevitaveis, mas cuja força para vencer, eu sabia, começara dali. Sorrio ao pensar nisso, na pequenez inocente construindo imperceptivelmente as bases do futuro do qual nem sonham ainda.

domingo, 27 de junho de 2010

Mais um dia


Mais um dia. Quarta. Quarta era seu dia favorito, não sabia bem porque, talvez porque fosse o meio da semana, entre os dois dias iniciais e os dois finais, entre o primeiro dia do fim de semana e o último. Era quarta e já estava desejando uma dose de vodka limão. E ainda nem era dez da manhã. Precisava se concentrar, mas não conseguia, e seu dia-a-dia estava se tornando levemente estressante e assustadoramente monótono. Não pela repetição das mesmas coisas, mas por uma sucessão de acontecimentos diferentes que culminavam numa coisa só: pressão, estresse e desassossego. Nunca se imaginou alvo do que ela mesma achava impossível em si: Perder o controle. E o sono. A calma, a que todos achavam notável, ainda estava lá, mas aos poucos com a superfície um pouco chamuscada pelo inquietação muda em seu interior. Aquilo iria explodir, sentia isso toda vez que tocavam numa brecha invisível que fazia seu humor bipolar virar. E suas explosões a assustavam, pois ainda não tinha controle sobre elas, sobre o que sentia depois em relação a elas. Queria não estar presente quando os estilhaços voassem. Quem dera ter essa sorte.

sábado, 12 de junho de 2010

Uma breve explanação

         Buscando inspiração para escrever lembrei-me de histórias antigas ou mesmo as novas, envolvendo mortes horrendas e violentas, daquelas que te dão um arrepio e te fazem pensar para onde Deus estava a olhar naquele momento. Ao crime em si nada se sabe de concreto, meras suposições. Recolhesse fatos, provas, evidências, para se montar as peças espalhadas pelo assassino ou pela própria situação, mas não se chega ao que realmente aconteceu, coisas que somente a vitima saberia explicar. Não creio que já tenham inventado algo que pudesse interrogar os mortos.

            Ao assassino vale-se várias famas: monstro, covarde, demônio, entre séries de palavrões de alto ao mais baixo calão. E, é claro, louco.

            Loucura, o caminho mais fácil de se explicar um ato hediondo, se o sujeito é louco ele não é responsabilizado diretamente, não estava consciente do que fazia ou entendia isso de outra forma e assim os manicômios vão se enchendo de psicóticos, os que foram possuídos por um espírito maligno e já não se lembram de nada do que cometeram ou apenas aqueles que aproveitam a “senilidade” para ficar num lugar melhor que a cadeia.

            Mas afinal, de onde vem isso, a raiz de todo esse mal que de repente explode numa cena que, horas depois será o “local do crime”? Alguém que diz “Oh, que horror!” ao ler no jornal ou ver pela TV coisas do gênero já se importou em saber a origem de tanto horror? O que faz despertar na mente idéias tão maquiavélicas e que impulso as leva a concretiza-las?

            Loucura.

            Todo tipo de loucura.

            Estar louco não se resume em falar ou praticar coisas sem sentido ou ficar babando enquanto acha que conversa com pessoas imaginárias.

            É possível se estar insano e não saber, talvez esteja dentro de todos, mas alguns levam mais à sério seus instintos, estão mais na beira do precipício...

            ...basta um empurrão e catapum!

                                   ...acontece...



O que vem antes é o que precisam saber.

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"O adormecer da razão gera monstros" (Goya)

terça-feira, 1 de junho de 2010

Agora séries

Na sina pelo repouso para a recuperação total do dente (ou melhor, da gengiva costurada onde antes havia um dente impertinente :-p ) dessa vez preenchi minhas noite com séries, numa salada mista de gêneros e épocas.


Pessoas desaparecem por todo o mundo todos os anos, misteriosamente. Muito desses mistérios é solucionada com a dura e fria realidade de um acidente ou assassinato. Mas e quando a pessoa simplesmente desaparece, como se numa hora estivesse ai e na outra apenas a sensação de sua presença sem deixar rastro de seu paradeiro? A história de 4400 ronda essa possibilidade insolita e o ainda mais estranho retorno de 4400 pessoas desaparecidas em diversas épocas, situações e lugares do mundo. Mas não apenas isso, pois esse retorno tão inusitado não poderia trazer de volta as pessoas do jeito que elas sumiram. Os que retornaram vieram também com habilidades especiais, que podem ser uma benção ou uma maldição. A linha que divide suas presenças entre um alivio para os que aguardavam o seu retorno e a ameaça para os que não compreendem o que eles são é muito, muito tênue. 


Neptune é uma cidade sem classe média. Berço dos milionarios da California, ou você é um ou seus pais trabalham para um. Assim Veronica Mars descreve sua ensolarada e intrigante cidade, onde o pai foi xerife, mas agora cuida de uma agencia de investigação alternativa como detetive, após ser banido do circulo influente por um erro de julgamento. E ela é sua sagaz aprendiz. Comecei a assistir essa série apenas pela curiosidade do nome, mas acabei me afeiçoando ao jeito sarcastico e inteligente da minha xará, como uma detetive fora-da-lei, sempre ganhando algo por fora (seja experiência, dinheiro, crédito ou o ódio das pessoas) para desvendar todo tipo de mistério.

“Há uma quinta dimensão além daquelas conhecidas pelo Homem. É uma dimensão tão vasta quanto o espaço e tão desprovida de tempo quanto o infinito. É o espaço intermediário entre a luz e a sombra, entre a ciência e a superstição, se encontra entre o abismo dos temores do Homem e o cume dos seus conhecimentos. É a dimensão da fantasia. Uma região Além da Imaginação !”
Essa é a fala clássica que abria os épisodios de Além da Imaginação (ou The Twilight Zone), dita por um homem sinistro que terminava com uma lição ou sentença. O clássico dos anos 50/60 eu não consegui achar, mas sim esse remake dessa que é considerada uma das melhores séries de todos os tempos. Os épisódios são breves e certeiros sobre uma questão ou tema, nos fazendo ter vontade de entrar dentro da trama para mudar o rumo dos fatos, pois sabemos o que seria melhor, ou como mudar o rumo das coisas, talvez possível se estivessemos num espaço além da imaginação. Até hoje continua sendo vivamente uma série de histórias impressionante.


Achei que essa série lembrava muito a coleção de livros A Mediadora de Meg Cabot, sobre uma jovem que consegue se comunicar com os espiritos, tentando ajuda-los a resolver suas pendencias que os prendem ao mundo terreno e alcançar a luz. Mas procurei e fusei e não parece ter relação, pode ter sido uma inspiração de um dos dois lados. Acabei gostando do rumo não tão assombrado e meio dramatico da trama, com uma carismatica  Jennifer Love Hewitt como papel principal da 'mediadora' entre o mundo dos vivos e mortos. Outra coisa legal da série é que ela pode abrir o jogo sobre sua condição de 'portadora de um dom especial' para outras pessoas, incluindo familia, marido, amigos....sem ser encarada como louca. Apesar de só estar no primeiro episodio, parece ter começado bem.

Tipo, na época em que séries não eram tão difundidas assim, Buffy era uma especie de referencia. Na época em que os vampiros não tinham virado essa coisa teen a lá Stephenie Meyer, Buffy caçava os vampiros com uma mini-saia, bota e estaca de madeira na mão. Isso quando não aparecia um bonitão misterioso chamado Angel (que tinha sua própria série até) para ajudar (ou atrapalhar) a moça. Antes de ser a garota que fez acontecer em O Grito (The Grunge, 2004), a ótima adaptação norte-americana do filme japonês Ju-on, Sarah Michelle Gellar ficou famosa interpretando a habilidosa caça vampiros Buffy. Pegue qualquer gibizinho do século passado (nossa, como me sinto velha agora....>-<) e lá estará a heroina dos pescocinhos indefesos em algum anuncio da contra capa. Era um icone. Porém, só assisti poucos episodios de temporadas adiantadas, então resolvi tomar vergonha na cara e começar desde o começo. 


Se é de séries velhas que estava falando, essa veio lá do fundo do baú. Laura Palmer, eis um nome que me remete a infancia, a noites na sala de piso de madeira com a luz azulada da tv e que era territorio apenas para os que se aventuram a ficar acordados nas altas horas da noite para assistir o que passava depois do horário nobre. Séries como Os últimos dias de Laura Palmer, o nome mais esquisito de uma série que ja tinha ouvido e que me dava arrepios. Me lembrava muito, muito pouco dela, mas o nome era vivo ainda, como uma lembrança recorrente. Só voltei a dar com ela quando meu irmão me falou de uma série nova chamada Happy Town. Ao ler a sinopse dizia que ela tinha uma certa inspiração da velha série Twin Peaks, ou aquela que travava do misterioso assassinato de Laura Palmer. Pronto, o nome tinha vindo a superficie novamente e me deu vontade de enfim saber do que se tratava essa que era uma série polêmica na época. De enredo um pouco perturbador e com aqueles detalhezinhos que só se vê nessas séries antigonas (como longas tomadas, closes aparentemente insignificantes, mas que escondem a verdadeira magia do momento, musica forte, de batida envolvente, além do figurino, cenário, falas....... ), o piloto com quase a duração de um filme já me deixou com vontade de saber o que vem a seguir e o que se esconde por trás do dramatico assassinato de Laura Palmer.

Ahhh, agora acho que vou dormir, pois o efeito do analgésico é como o proprio ditado diz: tiro e queda! 

sábado, 29 de maio de 2010

Passatempo

Essa semana estou de molho, extrai um dente de siso meio complicadinho, mas que enfim disse adeus a minha boca ^^, como não podia comer, nem fazer muito esforço no primeiro dia e meio, fiquei assistindo uma batelada de filmes ñ recentes que tenho amontoados numa caixa. Por alguns eu corri os olhos até me lembrar que não eram uma boa pedida e partir para o próximo, outros me empolgaram, lembrando-me de como eram bons. Mas como não aguento ficar o dia todo fazendo uma única coisa, quando me cansei de fica estirada assistindo filmes, resolvi fazer alguns micro trechinhos sobre eles:

Endiabrado (Bedazzled, 2000)
Esse filme é velho, daqueles que passam nas sessões de filmes de tv, e a primeira vez que o vi foi num horário da Globo próprio para filmes B, mas esse horário é curioso, pois reserva algumas surpresas, com perólas no meio das tranqueiras habituais. Esse filme me surpreendeu pela sinceridade. Para você o que é ter uma vida perfeita? Dinheiro, sucesso, fama, o amor da sua vida ao seu lado sempre, poder ser tudo o que ela quer mais do que você quer, uma pintura de vida perfeita. Se você tivesse 7 chances de mudar sua vida o que pediria? E porque 7, se você pode ter uma vida perfeita na primeira tentativa. Será? Esse filme mostra o quão tortuosos podem ser o caminho de quem quer alcançara perfeição através de desejos óbvios de grandeza, sem perceber que a vida perfeita está justamente no cotidiano cheio de imperfeições.

Vanilla Sky (2001)
Só revi o começo para me lembrar o quanto esse filme é perturbador e intenso. Como estava querendo coisas mais leves para me entreter ontem, não rolaria assistir algo tão abstrato como Vanilla Sky (aquele em que a Cameron Dias é uma namorada louca e ciumenta e acaba se matando e deixando o Tom Cruise (quem diria) com o rostinho deformado, tendo que usar uma mascara boa parte do tempo e depois disso as coisas passam a ficar bastante complexas). Precisa de muita atenção de quem assiste, pois ele dá muitas reviravoltas complicadas. Te deixa pensando por vários dias.
 
O Orfantato (El Orfanato, 2008)
Esse filme é lindo. E triste. O final é tão chocante que carrega muito mais drama do que suspense ou terror. A trama é tão intensa que não dá pra desgrudar os olhos um minuto.
Ele me lembra outros filmes que assisti, como A Espinha do Diabo (outra pérola surgida das sessões de filme B da Globo), e as 2 edições da HQ Spawn institulada como Sete Fantasmas e Meio. E é uma boa lenda urbana sobre o tema casa assombrada.
Imagine que numa casa assombrada, os fantasmas não querem te fazer mal. O que eles querem é apenas serem ouvidos, e compreendidos. Imagine que se o que eles parecem fazer for entendido como maldade, na verdade é um pedido desesperado por ajuda ou companhia. E que se eles precisarem te levar a morte para que isso seja feito, será feito.
Casas assombradas por crianças são muito peculiares (nesse caso um orfanato) crianças são muito mais assustadoras que fantasmas adultos. E inocentes. O que elas fazem nem sempre é racional, as conseqüências não são medidas da maneira correta. Elas podem matar um amigo sem querer, deixando-o sozinho na praia sem saber que ele poderia se afogar. Por essa inocencia, os atos de uma criança e seu sofrimento são mais dolorosos e dramaticos, por não perceberem o quão longe elas podem ir apenas por terem se aborrecido e quererem um tempo sozinhos no porão da casa. Um tempo que pode durar a eternidade.  E o que elas fazem para chamar a atenção, mesmo depois de mortas éainda mais lindo e assustador.

A Cela (The Cell, 2001)
Um psicopata esquizofrênico, uma vitima desaparecida, uma série de crimes bizarros. A Cela não é apenas um thriller sobre assassinatos seriais (ou apenas um filme protagonizado pela  belissíma Jennifer Lopez, que alias dá um ar forte e ao mesmo tempo maternal a trama), mas sobre a mente humana e o quão perturbada ela pode ser. Esse filme me remete a serie Criminal Minds e ao jogo Silent Hill 4. Criminal Minds pela tentativa de se entender a mente de um criminoso e o que o leva a cometer os seus atos violentos. Em A Cela, este método é mais interessante e futurista (se não surrealista), onde duas pessoas se submetem a um método onde um deles analisara a mente do outro por dentro. Literalmente. Que tipo de coisas loucas nossa mente pode criar abaixo da superfície da consciência, onde a verdade está escondida entre os fantasmas do passado?  Em A Cela, o passado na mente do criminoso é materializado por seu EU eternamente infantil, sua parte inocente que sofreu e se transformou no adulto de alma deformada e homicida. No Silent Hill 4, o psicopata Walter Sullivan também manifesta sua parte inocente em seu EU infantil, um eu que contrariando a maldade da sua parte adulta, quer solucionar a questão e voltar a ficar em paz.

Fim dos Tempos (The Happening, 2008)
Outro que mal passei dos 10 minutos, pois me lembrava bem o quanto ele deixava a desejar. Parece uma história boa no começo (pois é, por isso eu não passei do começo dessa vez, ahahah), intrigante, meio pertubadora, mas...a evolução é terrível, o casal principal também não orna e o final péssimo nos leva a pensar que o diretor ficou subtamente entediado do enredo e descambou para um romance sem graça como finalização. Esperava mais Shaymalan!

Ufaaa.....acho que essa foi uma boa anestesia para aquela dorzinha chata dos pontos na gengiva, quando vi o dia ja tinha acabado e ja estava na hora de tomar novamente aquele antibiótico de 12 em 12 horas. Mas hoje tem mais, ehehehe.



terça-feira, 25 de maio de 2010

Desempoeirando





















Depois de soprar o pó, encontrada uma raridade dos tempos em que ainda fazia faculdade de informática e aprendi a usar minha paixão pela arte de uma maneira diferente e moderna. Esse foi um trabalho oficial de Computação grafica, minha materia preferida de informática (e pena, durou muito pouco),  que se lembro bem, adorei fazer (e adoraria fazer novamente, se fosse hoje). Flyer, Folder e Layout de web feito sob pedido de um outro aluno da sala (o 'cliente'). No meu caso tive a sorte de pegar um 'cliente' que disse que eu poderia fazer sobre o que quisesse, então decidi fazer sobre algo que gostava, um encontro para amantes do gênero terror parecido com as convenções de animes que gostava de ir na época (bons tempos em que  eu tinha tempo, rsrs), o resultado foi o ficticio Encontro Gore 2008 em que pude ficar dias e horas fazendo algo que realmente gostava (arte, terror, criação) do jeito que queria. Guardo até hoje esse trabalho com muito carinho, foi uma das melhores coisas que fiz naquele curso.

 

By Beronique

domingo, 16 de maio de 2010

Do domingo

Algumas coisas dos ultimos minutos desse domingo especial:


Me embreagando com o novo album do Creed, Full Cicle (2009), bom demais!!! 12 musicas do bom e velho rock crediano, ahaha!!

01. Overcome
02. Bread of Shame
03. A Thousand Faces
04. Suddenly
05. Rain
06. Away in Silence
07. Fear
08. On My Sleeve
09. Full Circle
10. Time
11. Good Fight
12. The Song You Sing




Seguindo uma biblia das artes (presente amado e perfeito de aniversario *.*), o "501 Grandes Artistas" que me levou para a Escola Austral de Paisagens, nas dinastias do oriente, com paisagens muito inspiradoras de quase mil anos atrás, que nos remetem não apenas a um jogo incrivel de perspectiva e profundidade, mas a uma vista que nos faz ver através de muitos séculos.



E uma pizza portuguesa, com sobremesa de petit gateau e um passeio pelas ruas solitarias e descontruidas da cidade bagunçada do final da noite do fim de semana, uma entrada pelo bosque solitario da cidade, nebuloso, frio e silencioso, com medo dos velhos e mal encarrados guardas por travessuras passadas, rs, e depois...a volta repentina e uma preocupação que ficou e deixa meu pensamento meio longe daqui, mais precisamente num terminal frio de SP, com alguém que vai dormir ao relento para tentar se superar. Boa sorte, nos sonhos espero estar ai!

Boa noite!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Excelencia Bizarra

"Esse filme é uma bosta!". Foi o primeiro comentario que ouvi enquanto os espectadores do filme "Ilha do Medo" deixavam a sala de cinema. Eu dei um risinho pensando....

Esse filme pode ser muitas coisas, até mesmo 'uma bosta', depende do ponto de vista que você aprecie num filme, depende do proposito com que você foi assisti-lo, depende do seu estado de espirito. E se tratando desse filme depende mesmo de muitas coisas.

Gostaria de dizer que ele é um filme bom, mas resumi-lo apenas como 'bom' é muito pouco. O que é um filme que te deixa meio distraido no começo, vai ficando interessante aos pouquinhos, e lá pela metade ja te fez esquecer que estava sentado numa posição meio desconfortavel da fileira, perto do final te faz ficar tão compenetado que você parece ter despertado de um devaneio quando enfim a tela escurece e os creditos finais sobem? É de uma excelência bizarra essa produção do Scorcesse. Não por ser um excelente filme, mas por ter um clima denso, penetrante, uma história tão cheia de reviravoltas que faz você duvidar até de si mesmo. Que me lembram antigos contos de suspense e terror, daqueles que normalmente só encontramos em edições amareladas cheirando a mofo em algum sebo ou biblioteca. Não é nada com muita ação ou propria para chamar a atenção, mas tem uma alma envolvente, movediça. Você se perdia na leitura quando achava que largar o livro era justamente o que ia fazer e quando percebe levanta os olhos meio aturdidos das paginas amareladas com uma sensação de despertar ao chegar na ultima palavra. Shutter Island me deu essa sensação, sensação a muito perdida por uma parte dos espectadores de filmes, que acabam sendo isso mesmo, espectadores, a espera de um espetaculo. Produções densas como essa ficam difíceis de definir, chegar a um concenso sobre seu merito e ainda precisarei assisti-lo uma segunda vez (e quando um filme é realmente digno é quando penso 'preciso assisti-lo uma segunda vez (que poderia ser completado ainda como pensamento não verbalizado: ...só com essa não é possível sentir tudo o que ele tem a oferecer') para poder postar aqui uma analise do filme. Por hora meu desejo era apenas expressar essa sensação pertubadora e fascinante que é muito difícil sentir num filme nos dias de hoje.

quinta-feira, 18 de março de 2010

De repente a mudança

Não mais que de repente, embora pareça um século, é assim que é o tempo, um sopro e uma eternidade.

E me vejo de repente espantada. Já estou aqui, já cheguei aqui, era aqui que queria estar, era enfim isso que queria alcançar, então...e agora? Não que não tenha nada mais para alcançar, mas acho que me esqueci de renovar a lista de pretensões. Essa esta expirando, chegando ao fim, e quando se chega ao fim disso vem sentimentos estranhos e contraditórios como realização e saudade, contentamento e vazio. O fim de um ciclo enfim e ai que me lembro que mal tinha pensado nele e quando penso nisso parece que foi ontem que começou. Fico ainda mais espantada quando percebo que não é o primeiro ciclo que se fechou, mas já não consigo me lembrar com tanta clareza dos anteriores. Estou ficando velha? Nossa, isso é mais engraçado do que imaginei. Surpreendente e assustador ao mesmo tempo. Ficar velha é então começar a ver o que ficou para trás, o que aconteceu de mais memoravel ou mais simples nestes trechos da vida que pareciam uma eternidade para passar, mas que foram tão rapidos, como retratos que vão ficam meio difusos, e cada vez mais difusos? É estranho também. Perceber que cheguei ao final do caminho imaginario que tracei para mim desde o momento em que comecei a pensar nessa estrada desconhecida chamada 'futuro'. Agora vejo brumas e a luz para clarear novamente esse caminho é começar a imaginar e tecer o meu futuro daqui para frente, começar a destrinçar essa incognita cada vez mais iminente de resposta.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

A vida é assim

"Pois é, a vida é assim. As coisas que realmente importam não têm respostas fáceis, nem exatas, nem podem ser padronizadas em conselhos do tipo “faça sempre assim” ou “nunca faça isso”. Tomar decisões é uma arte que carece de boa consciência. E a boa consciência não é aquela que sabe, é aquela que ama. Como bem disse Santo Agostinho, “ama, e faze o que quiseres”, o que significa que quando a gente ama não existe certo e errado, certo? Há controvérsias."

(Ed René Kivitz)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Não posso mais viver sem mim

Sugestão de um amigo que viu que eu ter empatia pelas pessoas é ótimo, mas ter empatia por mim é melhor ainda. Que se descobrir de dentro pra fora e gostar de você mesmo é o inicio de tudo.

Eu Me Amo
Ultraje a Rigor

Há quanto tempo eu vinha me procurando
Quanto tempo faz, já nem lembro mais
Sempre correndo atrás de mim feito um louco
Tentando sair desse meu sufoco
Eu era tudo que eu podia querer
Era tão simples e eu custei pra aprender
Daqui pra frente nova vida eu terei
Sempre a meu lado bem feliz eu serei

Refrão
Eu me amo, eu me amo
Não posso mais viver sem mim

Como foi bom eu ter aparecido
Nessa minha vida já um tanto sofrida
Já não sabia mais o que fazer
Pra eu gostar de mim, me aceitar assim
Eu que queria tanto ter alguém
Agora eu sei sem mim eu não sou ninguém
Longe de mim nada mais faz sentido
Pra toda vida eu quero estar comigo

Refrão

Foi tão difícil pra eu me encontrar
É muito fácil um grande amor acabar, mas
Eu vou lutar por esse amor até o fim
Não vou mais deixar eu fugir de mim
Agora eu tenho uma razão pra viver
Agora eu posso até gostar de você
Completamente eu vou poder me entregar
É bem melhor você sabendo se amar

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Atividade Paranormal

Acabei de assistir (ou saciar minha curiosidade) pelo dito filme mais assustador do ano. Atividade Paranormal (Paranormal Activity, 2009) foi feito com mismeros 11 mil dólares, filmado com uma camera caseira (no estilo Bruxa de Blair) simulando uma filmagem na vida real de um casal que é atormentado por uma entidade maligna dentro de casa. O bafafá sobre o filme foi tanto antes mesmo dele entrar em cartaz, que a bilheteria foi US$110 milhões nos EUA e levou quase 40 mil pessoal as sessões da meia-noite nos cines brasileiros. Boatos (ou papo furado) que o diretor de Poltergeist (que segue temática semelhante de atividades paranormais dentro de casa), Spielberg, teria ficado com muito medo de assistir esse filme, acontecendo, inclusive, coisas estranhas ao terminar o longa. Isso teria influenciado na espectativa em relação ao filme.

Por isso mesmo, acredito que Atividade Paranormal fez esse grande "sucesso" (se bem entendo, sucesso para o mercado cinematografico pipoca e para os cinemas afins é ter um grande publico e não uma grande historia) pela atmosfera que ele ja emanava antes mesmo de ir para as telonas e pela curiosidade do publico em acompanhar uma espécie de 'big brother sobrenatural'.
Acho que já deu para perceber: eu não curti esse filme. Ele é morno, se arrasta demais, os atores não cativam, a historia não deslancha, pouco é aproveitado do que deveria ser o ponto forte do filme. O chamativo "Não assita sozinho" me fez dar um risinho, pois só li esse cartaz após ter assistido ao filme...sozinha. De noite. Brrrrr....Não morri de medo nem nada.
Curiosidade é que ontem estava assistindo ele e de repente acabou a luz (tipicos blecautes de verão). Nem para me botar medo com isso o filme conseguiu. Acendi uma vela, fui pra cozinha com todo mundo já dormindo (ou seja, eu aparentemente sozinha) e fui assaltar a geladeira. Ehehe...
Mas voltando...Vamos ao filme.

Temos um casal, Katie e Micah, que parecem usar seus nomes verdadeiros para dar mais realismo a produção, não sei. Eles moram numa casa muuuito chique (cara, parece um anuncio de imobiliaria classe alta estilo 'sonho de consumo de qualquer um', adimito que em algumas partes eu me interessava mais em olhar para aqueles comodos e mobilia tão impecaveis que pareciam surreais do que na historia em si, ehehe, babei, rs), mas que esta sofrendo com as tais 'atividades paranormais'. Micah, o namorado espertinho (e interesseiro), resolve comprar uma camera e filmar tudo o que puder para ver se capta algo de interessante. Katie não acha a idéia boa, mas sem ela como poderiamos ver essa tranqueira? Rsrsrs...
Bem, dos personagens: a Katie é uma chata. Uma voz enjoada, meio chorosa, irritante. A performance dela é parecida, além do que ela diz parecer não fazer diferença para o namorado. Fisicamente ela me parece uma pessoa normal (não tem aquele jeito de modelo que as atrizes normalmente têm), mas acho que é para contribuir com o realismo. No mais....O Micah...o que posso dizer desse babaca? É óbvio que ele não faz as coisas para ajudar a namorada, mas sim por uma especie de desejo irresistivel de conseguir alguma coisa com as filmagens que faz, uma evidencia de atividades sombrias acontecendo, e quanto mais acontecem, mais ele atiça para que continuem, ignorando o medo da namorada e a advertencia de que aquilo faria as coisas ficarem piores. Que cretino.
A convivencia dos dois só pode ser entendida em um país absurdo como os Estados Unidos mesmo. Por que eles não saem de casa? Criaram uma profissão em que ambos ficam em casa o dia todo (ela estudante, ele compõe em casa (?? que merda é essa??) com aquela guitarrinha que mais parece um adolescente de 15 anos tocando pra matar o tempo...) para poderem ficar jogando conversa fora e filmando bastante inutilidades...

O que eu acho: filmes com temática sobrenatural não precisam ser assustadores do começo ao fim, mas precisam que lhes seja injetado doses de tensão/acontecimentos relevantes/assutadores de tempos em tempos para que não fique maçante. E filmes que usam o recurso do 'metodo caseiro' de filmagem é pior ainda, pois como é necessario estar sempre filmando um determinado ambiente, com determinada pessoa, de maneira quase fixa, e com dialogos também caseiros, do dia-a-dia. OU SEJA, muita coisa, e muita coisa inutil para uma produção de uma hora e 40. Aja saco para aguentar dialogos incessantes, com uma voz irritante como dessa Katie. A coisa não acontece, embora eu compreenda que se trata de um 'pseudo-documentario' supostamente filmado da realidade, isso poderia ter ficado muito, muitooooo melhor.

Assisti mais de uma hora de filme sem perceber e ainda não tinha contecido nada digno de se chamar assustador. Na vedade o que me assutou mesmo foi ver que faltava 25 minutos para acabar o filme e ainda estavamos naquela lenga-lenga. Eu pensei "Como assim, cadê, não vai acontecer nada?!"
De fato, o filme dá uma deslanchada no final (péssima idéia, para os mais impacientes o filme já não teria mais sentido antes de chegar nessas partes finais tensas e seria deixado de lado pela metade), algumas coisas interessantes acontecem com as idéias de Micah (tudo para 'ajudar Katie', aham, a Katie pode ser abdusida pelo demonio que a camera que é bom ele não larga né? rs), como usar o tabuleiro Ouija (que a namorada veementemente proibiu ele de usar, como se ele estivesse se importando com a prudencia dela) que num subito rompante da garota eles deixam sozinho na sala após sairem, com a camera filmando horas de possiveis atividades (que conveniente, porém proporcionou uma cena inusitada), com a seta se mexendo e depois pegando fogo (o fogo me assutou, pois não era previsivel como a seta se mexendo (lógico que ela ia se mexer com a camera ali dando sopa, rara) e me deu alguns poucos segundos de confusão achando que ia pegar fogo na casa (o que seria legal, pois eles teriam que sair daquele confinamento irritante e inexplicavel, mas não dei tanta sorte assim...), ou quando o namorado põe farinha no corredor da casa para ver se apareceriam pegadas, o que de fato acontece, e a melhor cena de todas, com uma sombra aparecendo na porta (porque sera que eles tinham que dormir sempre com a porta aberta?) e depois algo invisivel arrastando Katie da cama pelo pé e depois pelo quarto, que aos berros alucinados na semi escuridão pede ajuda ao namorado enquanto a camera grava tudo. Muito legal, ficou ótima, a única digna de se dizer realmente assutadora.

O enredo é dotado de coisas soltas, levemente interessantes, porém consolidadas com uma massa de inutilidades e chatices do casal, o que matou a pau o tal "você não vai conseguir assistir sozinho, você vai morrer de medo assistindo, blablabla...", eu morri, mas foi de tédio por um bom tempo. Quem consegue morrer de medo com essa trama arrastada que deixa o melhor (que nem é tãooo bom assim) só para o final?
Com situações meio sem sentido como a longa explicação do especialista em fantasmas, para depois não se descobrir nada sobre o fantasma ou seja lá o que for. Com o video sobre exorcismo (brrr....bizarro, mas entra nas coisas interessantes também, não é todo dia que vemos que uma possessão pode fazer uma pessoa literalmente 'se comer', isso não aparece nos filmes que eu ja vi, ehehe), sem saber para que serve (o demonio quer possuir a menina? ele de fato a possui, por isso ela faz o que faz?)??
O final é meio inesperado, e mais inexplicavel do que imaginei. Não chega a ser ruim, ele cumpre o prometido com uma filmagem caseira que não procura dar explicações mesmo e pega apenas o que é possível captar no momento, mesmo que ação esteja acontecendo em outro lugar e possamos apenas acompanhar atraves de sons (mais exatamente por gritos, e para gritar a Katie é boa, não, é sério, os gritos delas são bons gritos para um filme de terror), e acaba subitamente porque o objeto da ação (o casal que filmava) não existe mais.
Mesmo sendo uma produção caseira, poderia ter sido melhor construida, aproveitando mais o ambiente, não só interno (ficou parecendo mesmo um big brother com os dois sempre lá dentro, as vezes com um ar de tédio, sem fazer nada, como se não tivessem permissão para sair) como a parte de fora da casa. As atividades noturnas não foram grandes coisas na maior parte das vezes e ficou tudo muito inexplicavel. Foi como tirar uma fita da caixa e botar pra rodar no cinema só porque tinham algumas coisas paranormais no meio (uma aqui, outra dali a meia hora, outra no final da filmagem...). Fraco. Fraco pelo filme + a propaganda toda em cima dele que gerou uma expectativa enganosa. Assistam se estiverem curiosos, mas se preparem para conter a vontade de avançar algumas cenas desnecessarias ou tirar o som quando a voz da Katie começar a dar nos nervos. Não é um filme ruim, mas esta a milhares de anos luz de ser o tal melhor filme de terror do ano. No way! Para quem gosta do gênero não fez muitas cócegas.