sábado, 29 de maio de 2010

Passatempo

Essa semana estou de molho, extrai um dente de siso meio complicadinho, mas que enfim disse adeus a minha boca ^^, como não podia comer, nem fazer muito esforço no primeiro dia e meio, fiquei assistindo uma batelada de filmes ñ recentes que tenho amontoados numa caixa. Por alguns eu corri os olhos até me lembrar que não eram uma boa pedida e partir para o próximo, outros me empolgaram, lembrando-me de como eram bons. Mas como não aguento ficar o dia todo fazendo uma única coisa, quando me cansei de fica estirada assistindo filmes, resolvi fazer alguns micro trechinhos sobre eles:

Endiabrado (Bedazzled, 2000)
Esse filme é velho, daqueles que passam nas sessões de filmes de tv, e a primeira vez que o vi foi num horário da Globo próprio para filmes B, mas esse horário é curioso, pois reserva algumas surpresas, com perólas no meio das tranqueiras habituais. Esse filme me surpreendeu pela sinceridade. Para você o que é ter uma vida perfeita? Dinheiro, sucesso, fama, o amor da sua vida ao seu lado sempre, poder ser tudo o que ela quer mais do que você quer, uma pintura de vida perfeita. Se você tivesse 7 chances de mudar sua vida o que pediria? E porque 7, se você pode ter uma vida perfeita na primeira tentativa. Será? Esse filme mostra o quão tortuosos podem ser o caminho de quem quer alcançara perfeição através de desejos óbvios de grandeza, sem perceber que a vida perfeita está justamente no cotidiano cheio de imperfeições.

Vanilla Sky (2001)
Só revi o começo para me lembrar o quanto esse filme é perturbador e intenso. Como estava querendo coisas mais leves para me entreter ontem, não rolaria assistir algo tão abstrato como Vanilla Sky (aquele em que a Cameron Dias é uma namorada louca e ciumenta e acaba se matando e deixando o Tom Cruise (quem diria) com o rostinho deformado, tendo que usar uma mascara boa parte do tempo e depois disso as coisas passam a ficar bastante complexas). Precisa de muita atenção de quem assiste, pois ele dá muitas reviravoltas complicadas. Te deixa pensando por vários dias.
 
O Orfantato (El Orfanato, 2008)
Esse filme é lindo. E triste. O final é tão chocante que carrega muito mais drama do que suspense ou terror. A trama é tão intensa que não dá pra desgrudar os olhos um minuto.
Ele me lembra outros filmes que assisti, como A Espinha do Diabo (outra pérola surgida das sessões de filme B da Globo), e as 2 edições da HQ Spawn institulada como Sete Fantasmas e Meio. E é uma boa lenda urbana sobre o tema casa assombrada.
Imagine que numa casa assombrada, os fantasmas não querem te fazer mal. O que eles querem é apenas serem ouvidos, e compreendidos. Imagine que se o que eles parecem fazer for entendido como maldade, na verdade é um pedido desesperado por ajuda ou companhia. E que se eles precisarem te levar a morte para que isso seja feito, será feito.
Casas assombradas por crianças são muito peculiares (nesse caso um orfanato) crianças são muito mais assustadoras que fantasmas adultos. E inocentes. O que elas fazem nem sempre é racional, as conseqüências não são medidas da maneira correta. Elas podem matar um amigo sem querer, deixando-o sozinho na praia sem saber que ele poderia se afogar. Por essa inocencia, os atos de uma criança e seu sofrimento são mais dolorosos e dramaticos, por não perceberem o quão longe elas podem ir apenas por terem se aborrecido e quererem um tempo sozinhos no porão da casa. Um tempo que pode durar a eternidade.  E o que elas fazem para chamar a atenção, mesmo depois de mortas éainda mais lindo e assustador.

A Cela (The Cell, 2001)
Um psicopata esquizofrênico, uma vitima desaparecida, uma série de crimes bizarros. A Cela não é apenas um thriller sobre assassinatos seriais (ou apenas um filme protagonizado pela  belissíma Jennifer Lopez, que alias dá um ar forte e ao mesmo tempo maternal a trama), mas sobre a mente humana e o quão perturbada ela pode ser. Esse filme me remete a serie Criminal Minds e ao jogo Silent Hill 4. Criminal Minds pela tentativa de se entender a mente de um criminoso e o que o leva a cometer os seus atos violentos. Em A Cela, este método é mais interessante e futurista (se não surrealista), onde duas pessoas se submetem a um método onde um deles analisara a mente do outro por dentro. Literalmente. Que tipo de coisas loucas nossa mente pode criar abaixo da superfície da consciência, onde a verdade está escondida entre os fantasmas do passado?  Em A Cela, o passado na mente do criminoso é materializado por seu EU eternamente infantil, sua parte inocente que sofreu e se transformou no adulto de alma deformada e homicida. No Silent Hill 4, o psicopata Walter Sullivan também manifesta sua parte inocente em seu EU infantil, um eu que contrariando a maldade da sua parte adulta, quer solucionar a questão e voltar a ficar em paz.

Fim dos Tempos (The Happening, 2008)
Outro que mal passei dos 10 minutos, pois me lembrava bem o quanto ele deixava a desejar. Parece uma história boa no começo (pois é, por isso eu não passei do começo dessa vez, ahahah), intrigante, meio pertubadora, mas...a evolução é terrível, o casal principal também não orna e o final péssimo nos leva a pensar que o diretor ficou subtamente entediado do enredo e descambou para um romance sem graça como finalização. Esperava mais Shaymalan!

Ufaaa.....acho que essa foi uma boa anestesia para aquela dorzinha chata dos pontos na gengiva, quando vi o dia ja tinha acabado e ja estava na hora de tomar novamente aquele antibiótico de 12 em 12 horas. Mas hoje tem mais, ehehehe.



terça-feira, 25 de maio de 2010

Desempoeirando





















Depois de soprar o pó, encontrada uma raridade dos tempos em que ainda fazia faculdade de informática e aprendi a usar minha paixão pela arte de uma maneira diferente e moderna. Esse foi um trabalho oficial de Computação grafica, minha materia preferida de informática (e pena, durou muito pouco),  que se lembro bem, adorei fazer (e adoraria fazer novamente, se fosse hoje). Flyer, Folder e Layout de web feito sob pedido de um outro aluno da sala (o 'cliente'). No meu caso tive a sorte de pegar um 'cliente' que disse que eu poderia fazer sobre o que quisesse, então decidi fazer sobre algo que gostava, um encontro para amantes do gênero terror parecido com as convenções de animes que gostava de ir na época (bons tempos em que  eu tinha tempo, rsrs), o resultado foi o ficticio Encontro Gore 2008 em que pude ficar dias e horas fazendo algo que realmente gostava (arte, terror, criação) do jeito que queria. Guardo até hoje esse trabalho com muito carinho, foi uma das melhores coisas que fiz naquele curso.

 

By Beronique

domingo, 16 de maio de 2010

Do domingo

Algumas coisas dos ultimos minutos desse domingo especial:


Me embreagando com o novo album do Creed, Full Cicle (2009), bom demais!!! 12 musicas do bom e velho rock crediano, ahaha!!

01. Overcome
02. Bread of Shame
03. A Thousand Faces
04. Suddenly
05. Rain
06. Away in Silence
07. Fear
08. On My Sleeve
09. Full Circle
10. Time
11. Good Fight
12. The Song You Sing




Seguindo uma biblia das artes (presente amado e perfeito de aniversario *.*), o "501 Grandes Artistas" que me levou para a Escola Austral de Paisagens, nas dinastias do oriente, com paisagens muito inspiradoras de quase mil anos atrás, que nos remetem não apenas a um jogo incrivel de perspectiva e profundidade, mas a uma vista que nos faz ver através de muitos séculos.



E uma pizza portuguesa, com sobremesa de petit gateau e um passeio pelas ruas solitarias e descontruidas da cidade bagunçada do final da noite do fim de semana, uma entrada pelo bosque solitario da cidade, nebuloso, frio e silencioso, com medo dos velhos e mal encarrados guardas por travessuras passadas, rs, e depois...a volta repentina e uma preocupação que ficou e deixa meu pensamento meio longe daqui, mais precisamente num terminal frio de SP, com alguém que vai dormir ao relento para tentar se superar. Boa sorte, nos sonhos espero estar ai!

Boa noite!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Excelencia Bizarra

"Esse filme é uma bosta!". Foi o primeiro comentario que ouvi enquanto os espectadores do filme "Ilha do Medo" deixavam a sala de cinema. Eu dei um risinho pensando....

Esse filme pode ser muitas coisas, até mesmo 'uma bosta', depende do ponto de vista que você aprecie num filme, depende do proposito com que você foi assisti-lo, depende do seu estado de espirito. E se tratando desse filme depende mesmo de muitas coisas.

Gostaria de dizer que ele é um filme bom, mas resumi-lo apenas como 'bom' é muito pouco. O que é um filme que te deixa meio distraido no começo, vai ficando interessante aos pouquinhos, e lá pela metade ja te fez esquecer que estava sentado numa posição meio desconfortavel da fileira, perto do final te faz ficar tão compenetado que você parece ter despertado de um devaneio quando enfim a tela escurece e os creditos finais sobem? É de uma excelência bizarra essa produção do Scorcesse. Não por ser um excelente filme, mas por ter um clima denso, penetrante, uma história tão cheia de reviravoltas que faz você duvidar até de si mesmo. Que me lembram antigos contos de suspense e terror, daqueles que normalmente só encontramos em edições amareladas cheirando a mofo em algum sebo ou biblioteca. Não é nada com muita ação ou propria para chamar a atenção, mas tem uma alma envolvente, movediça. Você se perdia na leitura quando achava que largar o livro era justamente o que ia fazer e quando percebe levanta os olhos meio aturdidos das paginas amareladas com uma sensação de despertar ao chegar na ultima palavra. Shutter Island me deu essa sensação, sensação a muito perdida por uma parte dos espectadores de filmes, que acabam sendo isso mesmo, espectadores, a espera de um espetaculo. Produções densas como essa ficam difíceis de definir, chegar a um concenso sobre seu merito e ainda precisarei assisti-lo uma segunda vez (e quando um filme é realmente digno é quando penso 'preciso assisti-lo uma segunda vez (que poderia ser completado ainda como pensamento não verbalizado: ...só com essa não é possível sentir tudo o que ele tem a oferecer') para poder postar aqui uma analise do filme. Por hora meu desejo era apenas expressar essa sensação pertubadora e fascinante que é muito difícil sentir num filme nos dias de hoje.

quinta-feira, 18 de março de 2010

De repente a mudança

Não mais que de repente, embora pareça um século, é assim que é o tempo, um sopro e uma eternidade.

E me vejo de repente espantada. Já estou aqui, já cheguei aqui, era aqui que queria estar, era enfim isso que queria alcançar, então...e agora? Não que não tenha nada mais para alcançar, mas acho que me esqueci de renovar a lista de pretensões. Essa esta expirando, chegando ao fim, e quando se chega ao fim disso vem sentimentos estranhos e contraditórios como realização e saudade, contentamento e vazio. O fim de um ciclo enfim e ai que me lembro que mal tinha pensado nele e quando penso nisso parece que foi ontem que começou. Fico ainda mais espantada quando percebo que não é o primeiro ciclo que se fechou, mas já não consigo me lembrar com tanta clareza dos anteriores. Estou ficando velha? Nossa, isso é mais engraçado do que imaginei. Surpreendente e assustador ao mesmo tempo. Ficar velha é então começar a ver o que ficou para trás, o que aconteceu de mais memoravel ou mais simples nestes trechos da vida que pareciam uma eternidade para passar, mas que foram tão rapidos, como retratos que vão ficam meio difusos, e cada vez mais difusos? É estranho também. Perceber que cheguei ao final do caminho imaginario que tracei para mim desde o momento em que comecei a pensar nessa estrada desconhecida chamada 'futuro'. Agora vejo brumas e a luz para clarear novamente esse caminho é começar a imaginar e tecer o meu futuro daqui para frente, começar a destrinçar essa incognita cada vez mais iminente de resposta.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

A vida é assim

"Pois é, a vida é assim. As coisas que realmente importam não têm respostas fáceis, nem exatas, nem podem ser padronizadas em conselhos do tipo “faça sempre assim” ou “nunca faça isso”. Tomar decisões é uma arte que carece de boa consciência. E a boa consciência não é aquela que sabe, é aquela que ama. Como bem disse Santo Agostinho, “ama, e faze o que quiseres”, o que significa que quando a gente ama não existe certo e errado, certo? Há controvérsias."

(Ed René Kivitz)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Não posso mais viver sem mim

Sugestão de um amigo que viu que eu ter empatia pelas pessoas é ótimo, mas ter empatia por mim é melhor ainda. Que se descobrir de dentro pra fora e gostar de você mesmo é o inicio de tudo.

Eu Me Amo
Ultraje a Rigor

Há quanto tempo eu vinha me procurando
Quanto tempo faz, já nem lembro mais
Sempre correndo atrás de mim feito um louco
Tentando sair desse meu sufoco
Eu era tudo que eu podia querer
Era tão simples e eu custei pra aprender
Daqui pra frente nova vida eu terei
Sempre a meu lado bem feliz eu serei

Refrão
Eu me amo, eu me amo
Não posso mais viver sem mim

Como foi bom eu ter aparecido
Nessa minha vida já um tanto sofrida
Já não sabia mais o que fazer
Pra eu gostar de mim, me aceitar assim
Eu que queria tanto ter alguém
Agora eu sei sem mim eu não sou ninguém
Longe de mim nada mais faz sentido
Pra toda vida eu quero estar comigo

Refrão

Foi tão difícil pra eu me encontrar
É muito fácil um grande amor acabar, mas
Eu vou lutar por esse amor até o fim
Não vou mais deixar eu fugir de mim
Agora eu tenho uma razão pra viver
Agora eu posso até gostar de você
Completamente eu vou poder me entregar
É bem melhor você sabendo se amar