domingo, 7 de setembro de 2008

Mudando de Assunto...


Ontem terminei de assistir a segunda temporada de One Tree Hill (Lances da Vida), e que me deixou ansiosa pela terceira temporada (embora já esteja na quinta). Este é um dos poucos, ou talvez o único seriado atual que foca o universo adolescente a me atrair. As paixões, os conflitos, a relação entre jovens e adultos, suas indecisões e incertezas, suas burradas e vitórias, sempre abordando alguma citação literária ou pensamento que nos fará refletir um pouco, os próprios episódios são um pouco de parada para pensar.
Coisas que notei entre uma temporada é outra foi a mudança do que sustentava a série no começo: o basquete. O nome dado no Brasil, 'Lances da Vida', se refere ao que o basquete, tema central da primeira temporada, poderia mudar na vida de todos os personagens, fosse para confrontar seu passado, descobrir seu presente ou construir seu futuro. No início eu nem queria assistir esse seriado, pois achava que por se tratar de uma trama sobre americanos almoçando e jantando basquete seria a maior chatice. Leigo engano, só assistindo pra saber a profundidade de cada episódio, e no final, encerrando uma temporada, a impressão que ela deixa em você. É incrivel. O basquete na verdade é um tipo de imagem figurativa sobre lutar por alguma coisa, e os caminhos que essa luta pode te levar. Na segunda temporada vi o basquete ser substituido pela música, mas não foi uma mudança drástica, tanto que só ontem me caiu a ficha de que alguma coisa estava ligeraimente faltando no decorrer dos 22 episódios e outra sutilmente a substituiu. A música nesta segunda temporada é uma coisa que oscila entre ser bom ou ruim, como o basquete no começo, o universo musical leva Haley (Bethany Joy Lenz) para longe de seu recém-marido, Nathan (James Lafferty), que era o astro do basquete no início, causando surpresa, pois não é algo esperado da personagem, nem da série (mas muito bem bolado, pois se fica perguntando como é que essa situação vai se resolver no final), traz um pouco de esperança para a vida que vai se tornando cada vez mais vazia de Peyton (Hilarie Burton) que organiza shows na nova boate jovem da mãe do protagonista Lucas (Chad Michael Murray). As reviravoltas da segunda temporada ainda se baseiam nos inumeros personagens novos que povoaram Tree Hill e que deram novas perspectivas para corações partidos e solitários, embora no final a maioria acabe sozinha de novo, tentando encontrar seu caminho. Quero muito saber como se resolverão os fios soltos (e como essa série consegue terminar diferente das outras! Ao inves de um final que, embora você sabe que vai continuar, sinta que é um final, na verdade parece uma suspensão temporaria no ar, onde todos ficam a mercê do que acontecerá a seguir, mas esse a seguir fica para uma próxima vez), uma pena que no Brasil ainda não há o box da terceira temporada (por aquele precinho especial tipo Lojas Americanas) e a exibição em tv aberta (no SBT) já está na quarta ou quinta temporada. É esperar para ver como consigo essa terceira parte da série, ai eu falo mais um pouquinho!

“Há uma maré na história do homem. Deveríamos aceitar a enchente, ela leva à fortuna. Mas se omitida, a viagem das suas vidas percorrerá vales e misérias. Num mar tão cheio agora flutuamos. E devemos pegar a corrente quando ela nos servir. Ou perder as aventuras que estão por vir".

sábado, 6 de setembro de 2008

Caminhos



"Perder o caminho é desastroso. Mas perder o ânimo para a jornada é infinitamente pior".


Já sentiu ter perdido os dois? Eu sinto... e se um é infinitamente pior ao outro então estou mesmo ferrada. Me refiro a falta de perspectiva em relação a faculdade. Já estou no último ano e me sinto cada vez mais perdida e com medo do raio do futuro (essa incognita tão assustadora, sobre o qual está todo o peso das esperanças , das realizações das incertezas, que na cabeça de alguns, como os pais, já são certezas e que você tem que se virar pra transformar em realidade, com um medo danado de decepcioná-los no final das contas...), pra começar nem estou fazendo algo que gosto, na faculdade que gosto, na cidade que gosto, sei que as coisas não tem de ser do jeitinho que a gente gosta, mas as vezes dá um desanimo que o rumo que as coisas tomem seja tão contrário aquilo tudo que você queria. Já fiz informática, pra descobrir dois anos depois que se não saisse daquela canoa furada ia naufragrar rapidinho, fui para gestão empresarial achando que ali descobriria meu caminho dentro da faculdade, mas com o passar do tempo só tenho confirmado o primeiro desastre: a perca do caminho. Apesar de ser menos pior que o curso anterior que fazia, não tenho vocação para gerir o que quer que seja, e não me vejo fazendo isso profissionalmente, mesmo que seja 'um degrau para algo mais no...futuro'. Só que falar isso não é fácil e por isso que não falo, rsrs, mas resolvi pôr aqui porque acho que dificilmente algum colega de classe ou professor irá ler sabendo que fui eu, então posso tacar o pau. A faculdade (uma coisa de quinta do governo) não é nada do que eu esperava que fosse uma 'faculdade' (tá, só tem nome, um cursinho técnico supera em muito aquilo), isso já destruiu aqueeeeles sonhos, só tem os dois cursos pelos quais já migrei (informática e gestão empresarial) e nenhum dos dois faz meu tipo, mas como não tinha escolha mesmo (é de graça e não posso fazer nada pago, fica algo pra escolher?), fui para a gestão achando que não poderia ficar pior que o curso anterior....mas agora é que sinto uma sensação estranha de que piorou mesmo tendo melhorado. Quer dizer que eu entendo melhor as aulas e tudo o mais, é uma coisa mais 'humana', e achei que era essa parte humana que faltava no curso anterior e que me fazia sentir que estava escolhendo o caminho errado, mas o caminho errado mesmo começou quando pensei que esse 'futuro' estava longe de chegar e não o planejei direito, entrando no primeiro atalho fácil que me apareceu, e que me levou para caminhos muuuito diferentes do que eu imaginava. Gerir empresas não é meu forte, mas não digo simplesmente por ter dificuldade em uma ou outra coisa que me deixam meio insegura, o problema é que não tenho nem de longe o espirito daquelas pessoas capitalistas e empreendedoras que deveria ser o básico para se fazer um curso desses, acredito. Os professores podem até dizer para animar, que isso é normal, que os periodos de dúvida vão existir e blablabla, mas eles não entendem, ou entendem mas não querem adimitir (tipico!) que se você não tem aptidão pra fazer algo, mesmo que não tenha opção, não vai conseguir fazer, não vai dar tudo de si e conscequentemente vai ficar uma droga e a culpa não é que você não tem capacidade, mas simplesmente não consegue entregar seu coração praquilo, é pecado dizer que você não consegue diante de tantas pessoas que dizem ser fácil? Agora tenho me sentido cansada de tentar gostar de uma coisa com a qual não tenho mesmo afinidade e não conseguir forças suficiente para prosseguir o pouco que falta. Ás vezes tenho medo de alcançar o que está depois dessa porta chamada futuro e descobrir.......que infinitamente pior do que perder o ânimo é não ter o que esperar lá na frente.

Primeira noite do blog


Queria invocar algumas belas palavras pra começar este blog, mas não estou no espírito da coisa. Nessa primeira noite de blog efetivamente funcionando estou com umas das piores dores possíveis: a de ouvido, tentando não atirar meu pc pela janela, por sua falta gritante de sanidade e me sentindo desmotivada em relação a um montão de coisas. O que me salva as vezes de ir pelo mesmo caminho do meu pc é um menino-grande lindo que amo muito e que me atura até demais....rsrs.... e o fato de gostar tanto de escrever. Isso se tornou uma terapia, escrevo para me sentir aliviada das aflições do mundo ou simplesmente expressar coisas que normalmente não veria por ai, que está dentro de cada um de nós como um universo à parte....Acho que a idéia de fazer este blog vem de querer expor, comentar, ou só jogar conversa fora sobre um montão de coisa que simplesmente gostaria de dividir com os outros.

"
Ideologias nos separam, sonhos e angustias nos unem".
Eugene Lonesco, dramaturgo.