quinta-feira, 2 de julho de 2009

O Silêncio

Estava revendo as comunidades da qual participo no orkut esses dias e achei a descrição de uma delas ("Não me arrependo do meu silêncio") muito a minha cara (como faz muito tempo que participo dela, tinha até esquecido como era legal essa descrição). Vou reescrevê-la aqui:

"Existem momentos de falar e momentos de silenciar. Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso. Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques. Não é verdade... mas você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir. Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal. Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça. Você pode escolher o silêncio. Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados. ME ARREPENDO DE COISAS QUE DISSE, MAS JAMAIS DO MEU SILÊNCIO. Responda com o silêncio, quando for necessário. Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais. Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não responder em alguns momentos. Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas. E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas".

Eu amo o silêncio. Já fui elogiada, criticada e caracterizada por isso. Antigamente eu achava que fosse um ponto negativo meu, por algum tempo eu usei ele da forma errada mesmo, para me isolar, o silêncio era um muro em volta de mim, uma instrospecção acentuada, um reflexo da minha timidez atingindo um nível perigoso.
Hoje eu sei cuidar melhor disso, sei que não sou anti-social por causa do meu silêncio, sei que ele serve para coisas muito boas, embora ainda tenha pessoas que o critiquem (eu não ligo, eu até gosto de ouvir criticas, elas me ajudam a identificar onde estou errando). Algumas pessoas até confiam mais em mim como confidente justamente porque sabem que eu não saio por ai falando nada aos quatro ventos, que eu só falo quando necessário, com quem eu quero e quando eu quero. Hoje eu sei que meu silêncio não é isolamento, ele não impede mais ninguém de se aproximar de mim. É um modo de vida que aprendi a dilapidar, tirando as partes mais grosseiras, que me deixavam com um ar assustador (rs), para ser apenas eu, com meu jeito de ser, reservada, na minha, mas receptiva as pessoas que quiserem me conhecer. Eu amo ser assim.

"Há tanta suavidade em nada se dizer, e tudo se entender."
( Fernando Pessoa )

2 comentários:

Jean B. disse...

Infelizmente sou passional demais para me ver calado, gosto de me expressar e te mostrar o q penso e sinto, com ressalvas claro. Mas já aprendi q muitas vezes é melhor ficar calado.

obg por me seguir te seguirei tb

beronique disse...

Minha mãe diz que desde pequena sempre fui quieta, sossegada, eu não chorava nem quando me machucava (sentia uma certa apatia à grandes exibições). Podem me achar uma pessoa reservada ou imparcial (ou até chata), mas eu curto o meu silêncio, mas adimiro muito quem sabe se expressar e tem dominio sobre as palavras (principalmente os passionais, rsrs), infelizmente (ou felizmente) esse não é o meu dom.

E agradeço imenso por seguir-me!!!