Je et Pierrot (2004 - papel Canson e tinta guache)
A cena transcorre-se em um dia de baile, embora numa dimensão sombria. Um fim de noite de carnaval melancolico, com personagens tipicos como o Pierrot. Sempre gostei de mascaras, de cores carregadas e de cenas com entalhes sobrenaturais.
A sua Arlequim é atipica. Seu vestido em duas cores, azul e rosa, remete a um ar romântico e camponês, embora seus olhos verdes lembrem uma figura mitíca. Usa pulseiras de ouro que gravitam ao redor de seus pulsos. Dentro deste cenário surreal, ela não precisa cobrir sua face, pois sabe que sua companhia é tão sobrenatual quanto ela. Olhos baços, sem iris e pupila remetem a anjos e demônios, minhas primeiras inspirações fantásticas.
A sua Arlequim é atipica. Seu vestido em duas cores, azul e rosa, remete a um ar romântico e camponês, embora seus olhos verdes lembrem uma figura mitíca. Usa pulseiras de ouro que gravitam ao redor de seus pulsos. Dentro deste cenário surreal, ela não precisa cobrir sua face, pois sabe que sua companhia é tão sobrenatual quanto ela. Olhos baços, sem iris e pupila remetem a anjos e demônios, minhas primeiras inspirações fantásticas.
A perspectiva soturna e de cores fortes sugere um lugar subterraneo como o subsolo de um castelo, com entradas para o desconhecido. Veludo vermelho rasgados, vitrais estilhaçados e balões caidos e petrificados denunciam o fim da festa.
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Perturbações Noturnas (2004 - papel Canson e tinta guache)
Todas as noites quando colocamos nossa cabeça no travesseiro, estamos a mercê dos caprichos do nosso inconsciente. E esses caprichos podem se tornar perturbações a nos assombrar recorrentemente. Logo, passamos a temer o badalar do relógio e o pesar das palpebras, pois ele prenuncia que, em breve, seremos visitados novamente porpresenças oniricas horripilantes.
Cores frias e pesadas que lembram a noite. O céu estrelado ao fundo, de onde sopra o vento soturno que esvoaça as cortinas, trazendo com a névoa um festim sombrio, com serpentinas, palhaços e bruxas. A personagem ao centro, sente na pele navalhada a força das perturbações.
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AS MÁSCARAS (2002- 03)
Sempre fui fascinada por mascaras. Acredito que sejam por elas camuflarem a realidade, nos concedendo por hora, um disfarce, uma faceta ludica. As máscaras também cimentam as expressões, tornando, a quem olha, indefinivel, um enigma as emoções de quem está por trás delas.
As mascaras do teatro (a cara feliz e a cara triste) sempre foram as minhas favoritas. Certa vez, num chamado clip grafico de uma revista de rock, encontrei a musica Bohemian Rhapsody do Queen, que tinha como ilustração principal as duas máscaras de emoções opostas. Elas eram decoradas, porém monocromaticas. Gostei tanto que a reproduzia em tudo o que via (tanto que fiz três ilustrações (só do que me lembro), uma num envelope para um amigo, uma em papel canson e outra em pastel oleoso na porta do meu quarto). Atribui as cores que achava apropriada para as expressões: verde para a cara feliz e levemente sarcastica e roxo para a cara triste que me parece em desespero, e as espirais, serpentinas e confetes que está por trás de cada uma no tom que cada uma emana. O que sempre achei legal nessas mascaras são as esferas brancas dentro do negrume no interior da boca de ambas. É como se houvesse um pequeno universo estrelado ali.
1 comentários:
muito legal !
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