Silent Hill jogo e filme é uma trama que não tem dó de ninguém (que outro mostraria uma criança (Alessa) virar churrasco vivo e ainda sobreviver carbonizada juntando ódio e ressentimento de tudo e de todos até se transformar numa criatura maligna que amaldiçoa a cidade há passar seus dias confinada numa subdimensão infernal? Ou a morte de Cybil com requintes cruéis de tortura, carbonizada aos pouco, ou ‘purificada’, sem contar no assustador Piramide Head, bruuu, não, SH não se vale de cenas sangrentas e cruéis para ser bom, mas é uma características os momentos fortes e difíceis de digerir, que as vezes não derramam uma gota de sangue, mas mesmo assim são assustadoras e indigestas. O escuro predomina e os sons mexem com qualquer um).
Silent Hill ao se transformar em filme se transformou também numa experiência diferenciada de produções de terror: são poucos os clichês, eles não são necessários numa historia tão original e por isso também são poucos os “sustos fáceis”. O seu horror se embasa numa trama que te pega pelo lado mais psicológico, mais difícil de controlar, com medos primitivos e constantes, como o medo do escuro e o receio do que se pode encontrar mais a frente, os sons perturbadores, a angustia por um ente querido....
É difícil não me alongar quando falo de Silent Hill, literalmente é meu jogo favorito e ter virado um filme tão fiel é com certeza uma satisfação para os fãs. Claro que, sendo assim, o final não podia ser outro. Os créditos finais de Silent Hill fica por conta da melhor e mais contagiante música da série na minha opinião, You’re not Here, que é a abertura do terceiro jogo (“Você não está aqui” tem a ver tanto para Rose quanto para Chris no final da história), junto a pequenos recortes recriados de cenas do jogo. A Konami protegeu sua criação por quase dez anos das produtoras que queriam levá-la para a telona, não cedendo o direito da adaptação. Talvez temendo que um jogo tão bom e tão único virasse uma porcaria cinematográfica e fosse manchado por isto. Ter liberado isso agora para um diretor competente que se interessou pela historia literalmente jogando o jogo foi a melhor coisa que fez. É difícil me impressionar com as produções atuais, principalmente de terror, mas pra essa eu tiro o chapéu. Trabalho perfeito!